Segundo a Sementes Oeste Paulista (SOESP), o preparo adequado do solo para pastagem começa com a análise química e física. Essa etapa é crucial para identificar os nutrientes disponíveis e as características do solo, como a proporção de areia, argila e silte. A análise é realizada com amostras coletadas em profundidade de 0 a 20 cm, utilizando ferramentas como trados ou pás. Cada gleba deve ter pelo menos 20 amostras simples que, ao serem compostas, refletem as diferenças de cada área, como encostas e baixadas.
Com os resultados em mãos, é possível planejar as correções necessárias. Três práticas destacam-se: calagem, gessagem e fosfatagem. A calagem, feita com aplicação de calcário, ajusta o pH, aumenta cálcio e magnésio e neutraliza o alumínio tóxico, devendo ser realizada pelo menos três meses antes do plantio. Já a gessagem aprofunda o cálcio no solo e reduz os efeitos do alumínio, favorecendo o desenvolvimento radicular. A fosfatagem, por sua vez, eleva os níveis de fósforo, essencial para o crescimento das raízes, especialmente em solos brasileiros naturalmente pobres nesse elemento.
Outro ponto de atenção é o potássio, que contribui para o crescimento das plantas por meio da expansão celular. Quando necessário, ele deve ser aplicado separadamente das sementes, evitando problemas causados pelo alto índice de salinidade dos fertilizantes potássicos. Seguindo esses passos, o solo estará melhor preparado para suportar forrageiras mais produtivas e resistentes, garantindo maior eficiência no período de seca e contribuindo para a sustentabilidade da pastagem.