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Como otimizar a adubação com nitrogênio

As perdas de nitrogênio ainda são um grande desafio na agricultura



Foto: Eliza Maliszewski

Quando o nitrogênio é aplicado sob a forma de fertilizante nas plantações, parte do nutriente se perde para atmosfera num fenômeno chamado de volatilização. Uma pesquisa da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) mostrou o potencial do K Forte®, fertilizante multinutriente da Verde para otimizar a adubação nitrogenada, reduzindo as perdas por volatilização em até 27%. 

As perdas de nitrogênio ainda são um grande desafio na agricultura 

As perdas de nitrogênio ainda são um grande desafio na agricultura, uma vez que acabam reduzindo a eficiência de grande parte dos adubos nitrogenados e têm potencial para causar impactos ambientais. 

De acordo com Instituto de Economia Agrícola (IEA), as perdas de nitrogênio do solo na forma gasosa contribuem com 9,4% da transmissão dos gases de efeito estufa para a atmosfera, principalmente, da volatilização da ureia. (Fonte: JUNGES, A. L. et al – 2008) 

Elas acontecem por meio de duas principais vias: a lixiviação e a volatilização. A lixiviação acontece quando a água, seja proveniente da chuva ou da irrigação, realiza a extração ou solubilização seletiva de nutrientes do solo, levando-os para as camadas mais profundas e deixando-os inacessíveis para as raízes das plantas. 

Já as perdas por volatilização acontecem quando os microrganismos, através da enzima urease, quebram as moléculas dos fertilizantes nitrogenados e liberam amônia (NH3), que é altamente volátil.  

Na dissertação de mestrado Perdas de amônia por volatilização em solo tratado com ureia, na presença de resíduos culturais, a autora Daily Soraya Aquino Duarte destaca que podem ocorrer perdas de até 78% do nitrogênio aplicado na forma de ureia sobre a superfície do solo. 

Ainda nessa mesma dissertação, a autora explica que a intensidade das perdas de nitrogênio no solo e na atmosfera pode variar de acordo com: 

O fertilizante nitrogenado escolhido; 
A forma de aplicação; 
O manejo dos restos culturais na superfície do solo; 
O teor de matéria orgânica; 
As características texturais e a Capacidade de Troca Catiônica (CTC) do solo; 

Além das perdas de nitrogênio envolverem prejuízos econômicos e ambientais, elas levam à baixa disponibilidade de nitrogênio no solo, que compromete a produtividade e qualidade das plantas e ainda podem levar ao aparecimento de alguns sintomas visuais, como amarelecimento de folhas mais velhas e redução de crescimento. 

Uma pesquisa da EPAMIG realizou um experimento em 2018 na Fazenda Experimental Escola Agrotécnica Afonso de Queiroz, em Patos de Minas, para investigar o potencial do K Forte na mitigação das perdas de nitrogênio no solo.

A pesquisa da EPAMIG foi conduzida pelos Engenheiros Agrônomos Dr. Carlos Henrique Eiterer de Souza e pelo Dr. Fábio Aurélio Dias Martins em uma estufa com cobertura plástica. Antes do início dos testes na área experimental, o solo foi submetido a aplicação diária de 5mm de água durante cinco dias para que algum resíduo de amônia (NH3) presente no solo fosse liberado, além da remoção de outros resíduos orgânicos que pudessem interferir no experimento. 

A área de testes foi, então, dividida em diferentes blocos, nos quais foram aplicadas doses de 100 kg por hectare de nitrogênio a partir de cinco fertilizantes nitrogenados com base em ureia, sendo eles: 

Controle (sem aplicação de nitrogênio); 
Ureia convencional; 
Fertilizante nitrogenado comercial; 
Ureia convencional já granulada revestida com K Forte nas proporções 69% de ureia e 31% de K Forte; 
Ureia revestida com K Forte proporções 45,5% de ureia e 54,5% de K Forte; Ureia com o K Forte na proporção de 20% de ureia para 80% de K Forte. 

Após os fertilizantes serem aplicados no solo, foram instaladas sobre cada bloco câmaras coletoras chamadas de câmaras SALE (câmara semiaberta livre estática). Esses dispositivos foram feitos com garrafas de politereftalato de etileno (PET) transparente, com volume de 2L, sem a base. 

Dentro do corpo da garrafa, foi inserido um pote plástico contendo uma solução de ácido sulfúrico e lâmina de espuma para absorção do ácido. Com o ar circulando pela garrafa, a solução é capaz de coletar a amônia. 

Foram coletadas amostras da amônia absorvida pela solução de ácido sulfúrico nas lâminas de espumas em intervalos regulares, aos 3, 6, 9, 12, 15, 18, 24 e 30 dias após a aplicação dos tratamentos com fertilizante no solo. 

As amostras foram então analisadas em laboratório para medir as perdas de nitrogênio do solo em razão do processo de volatilização. Os resultados obtidos mostraram que nos tratamentos com ureia e K Forte, houve redução nas perdas por volatilização proporcional à quantidade de K Forte utilizado: quanto maior a quantidade de K Forte utilizada, menor foi a perda de nitrogênio por volatilização. 

Assim, a pesquisa demonstrou a eficácia do K Forte para evitar que o nitrogênio do solo se perca para a atmosfera. Mas como isso acontece? 

As perdas de nitrogênio por volatilização ocorrem por meio da ação de uma enzima chamada urease que está envolvida em processos químicos que dissolvem os grânulos de ureia liberando o nitrogênio para a atmosfera sob a forma de amônia (a volatilização) e para as camadas mais profundas do solo sob a forma de nitratos (a lixiviação). 

Os efeitos positivos do K Forte na redução da volatilização do nitrogênio estão relacionados com a sua matéria-prima: o Siltito Glauconítico, uma rocha sedimentar rica no mineral glauconita. 

A glauconita apresenta diversos benefícios relacionados à sua estrutura mineralógica, como o aumento da retenção de nitrogênio no solo - o que proporcionou a redução da volatilização verificada pelo estudo da EPAMIG.  As suas moléculas conseguem atrair os cátions de amônio (NH4+) presentes no solo, através de ligações químicas.  

O pesquisador da Rutgers, The State Universty of New Jersey, escreve no artigo Greensand and Greensand Soils of New Jersey: A Review que: “Os efeitos benéficos da glauconita no solo parecem estar proximamente relacionados a uma combinação de fatores, como ter uma alta capacidade de absorção de nutrientes do solo e uma capacidade de retenção de umidade relativamente alta.”  

Os benefícios do Siltito Glauconítico  

O uso do Siltito Glauconítico como fertilizante traz diversos benefícios para o manejo nutricional das plantas, que vão além da retenção de água e nutrientes no solo. 

Ele também apresenta liberação gradual dos seus nutrientes, possibilitando a otimização do processo de adubação, a redução de custos operacionais e garantindo efeito residual dos nutrientes no solo. 

* informações Verde.Ag

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