Como o Ibovespa se comportou
As ações da Vale (VALE3) tiveram um papel significativo na queda do índice
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em queda nesta quarta-feira (5), atingindo o menor nível do ano pelo sexto pregão seguido. O índice encerrou as negociações com uma baixa de 0,32%, fechando aos 121.407,33 pontos. No acumulado de 2024, o Ibovespa já apresenta uma desvalorização de 9,52%.
Ao longo do dia, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 121.253,01 pontos e a máxima de 122.170,07 pontos. O volume financeiro movimentado no pregão foi de R$ 19,4 bilhões, refletindo a cautela dos investidores frente aos recentes acontecimentos econômicos globais e internos.
As ações da Vale (VALE3) tiveram um papel significativo na queda do índice. Os papéis da mineradora registraram a sexta queda consecutiva, recuando 1,45%, para R$ 60,35. Esta desvalorização acompanha a queda do preço do minério de ferro na China, que atingiu o menor valor em sete semanas nesta quarta-feira. A situação na China é particularmente preocupante para a Vale, dado que o país asiático é um dos principais importadores do minério de ferro brasileiro.
Contrariando a tendência de queda do índice, as ações da Petrobras apresentaram um desempenho positivo. As ações ordinárias da estatal (PETR3) subiram 0,05%, encerrando o dia a R$ 40,04, enquanto as ações preferenciais (PETR4) avançaram 0,21%, fechando a R$ 38,23. Esse movimento acompanhou a alta dos preços do petróleo no mercado internacional. O Brent para agosto registrou uma alta de 1,16%, cotado a US$ 78,41 por barril, e o WTI para julho subiu 1,12%, chegando a US$ 74,07 por barril na Nymex.
A queda contínua do Ibovespa reflete um cenário de incertezas econômicas, tanto no Brasil quanto no exterior. Fatores como a oscilação nos preços das commodities, as tensões comerciais globais e as expectativas em relação à política econômica doméstica têm influenciado o comportamento do mercado. Os investidores seguem atentos aos desdobramentos econômicos e aguardam sinais de estabilidade para retomar posições mais agressivas no mercado acionário.