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Como está a semeadura do arroz no Brasil?

O avanço da semeadura do arroz, acontece no passo das variações climáticas ao longo das últimas semanas



Foto: José Luis da Silva Nunes

O avanço da semeadura do arroz, acontece no passo das variações climáticas ao longo das últimas semanas. O excesso de chuva no Sul e as precipitações mais irregulares nos estados produtores do Centro-Norte vem ditando o ritmo mais lento ao longo desta safra de 2023/24, conforme indicado pelo último monitoramento de safra realizado pela Conab.

No Rio Grande do Sul, as chuvas recentes causaram alagamentos em algumas lavouras, um fenômeno que pode afetar negativamente as culturas já estabelecidas, principalmente em termos de doenças fúngicas e aeração do solo. Por outro lado, essas precipitações também favoreceram o avanço da semeadura em outras áreas.

Em Santa Catarina, a semeadura progrediu, mas os dias nublados impactaram o desenvolvimento das lavouras. A cobertura de nuvens e as chuvas mais recorrentes podem limitar a fotossíntese, essencial para o crescimento saudável das plantas, e atrasar os tratos culturais e fitossanitários. É interessante observar a variação regional dentro do estado, com as lavouras no litoral Norte estando mais adiantadas do que na região Sul.

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Em Goiás, as lavouras irrigadas estão em fase de desenvolvimento vegetativo. A irrigação é uma ferramenta crucial nesta região, especialmente considerando a variabilidade climática e os períodos de seca. O bom desenvolvimento vegetativo das lavouras indica que as práticas de manejo estão alinhadas com as necessidades hídricas das culturas.

No Tocantins, o avanço do plantio nas regiões de várzeas atingiu 50%, um marco importante no calendário de plantio. No entanto, a baixa umidade do solo está prejudicando o desenvolvimento das lavouras, uma preocupação que destaca a importância de estratégias de manejo de água e solo em regiões com tais desafios climáticos.

Finalmente, em Mato Grosso, a semeadura avançou nas áreas produtoras, impulsionada por um volume significativo de chuvas. As lavouras instaladas apresentam boa sanidade e desenvolvimento vegetativo, um indicativo de que as condições climáticas têm sido favoráveis e as práticas de manejo estão sendo efetivas.

Já no Maranhão, houve progresso na colheita das lavouras de arroz irrigado nas regiões Norte e Centro. O avanço na colheita do arroz irrigado é um sinal positivo, sugerindo que as práticas de manejo da água estão sendo eficazes. Simultaneamente, as áreas destinadas ao arroz sequeiro estão sendo preparadas para o plantio, marcando a transição para a próxima fase do calendário agrícola.


PROGRESSO DA SAFRA

Semana de 20 a 26 de novembro de 2023

Percentual da área semeada nacional: 75,1%

Com 3/4 das lavouras em campo, o arroz, mesmo com o atraso em relação à safra de 22/23, vem demonstrando um bom ritmo no desenvolvimento vegetativo, mesmo que algumas regiões apresentem um estado de atenção. 

  • No Tocantins, vemos um avanço de 10% na semana do monitoramento em comparação com a semana anterior, passando de 40% para 50%. Este aumento, embora substancial, ainda deixa o estado com um progresso classificado como atrasado, considerando que na safra anterior estava em 65%.Em Maranhão, o progresso permaneceu estável em 4%, indicando uma estagnação tanto em relação à semana passada quanto ao mesmo período da safra anterior. 
  • Mato Grosso mostrou um significativo aumento de 9.1% na semana, passando de 36.8% para 45.9%. Indicando um avanço muito significativo em relação à safra anterior.
  • Goiás registrou um aumento de 11% na semana, passando de 60% para 71%. Este é um forte avanço que quase alcança o progresso da safra passada, que era de 73%.
  • Santa Catarina apresentou um aumento de 3% na semana, passando de 95% para 98%, mantendo-se num ritmo adequado, já que está muito próximo ao progresso da safra anterior de 99.5%.
  • No Rio Grande do Sul, houve um aumento modesto de 2%, subindo de 82% para 84%. Este progresso ainda deixa o estado na categoria atrasado em comparação com a safra anterior, que estava em 98%.

A análise é do meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues com informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e revisão de Aline Merladete

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