Como controlar a ferrugem asiática na soja?
Confira dicas para minimizar esse cenário
Nesse ano, em comparação com os períodos anteriores, foi verificado maior incidência de ferrugem asiática nas lavouras de soja de países como Bolívia e Paraguai. Por conta deste contexto, a disponibilidade de inóculo no solo brasileiro será elevada nos meses de janeiro e fevereiro.
A opinião acima é do Ph. D. Ricardo Balardin, Engenheiro Agrônomo, Chief Research Officer da DigiFarmz, CEO Elevagro e membro fundador do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB).
"Como foi verificado um atraso importante nas semeaduras da soja, principalmente na região Sul do Brasil, nos meses de janeiro e fevereiro, quando as plantas ainda estarão em estádios iniciais de enchimento de grãos, é esperado que a ferrugem asiática promova um dano importante, que pode variar desde 5% até 40%", destaca Balardin.
Para ajudar o sojicultor a minimizar esse cenário, o membro fundador do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) compartilha a seguir algumas dicas:
1) Faça a aplicação preventiva de fungicidas, iniciando esse trabalho ainda nos estádios iniciais vegetativos;
2) Respeite os intervalos de aplicação, entre 15 e 18 dias;
3) Adote misturas de ativos para que seja atingido um espectro de controle razoável, bem próximo a 80%;
4) Nas misturas de tanque, sempre que possível, utilize produtos protetores;
5) Tenha cuidado para que as aplicações ocorram em momentos do dia que propiciem uma adequada absorção dos produtos, de preferência no período da manhã;
6) Respeite a dose dos produtos conforme recomendado pelo fabricante.
Para finalizar, o membro fundador do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) faz uma orientação extra: "Quanto mais tardia a semeadura, maiores os riscos, tanto da ferrugem asiática, quanto das demais doenças. Procure fungicidas de amplo espectro, pois as demais doenças são importantes e também são capazes de causar danos".