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Como as variações climáticas influenciam a semeadura do milho

Clima impacta a safra atual e a evolução das etapas de plantio nos estados



Foto: Divulgação

O panorama atual do milho no território brasileiro enfrenta um cenário climático desafiador, conforme exposto no Boletim Semanal da Conab. As oscilações nas condições do tempo influenciam diretamente os diversos estágios da cultura do milho nas principais regiões produtoras do país.

Em Minas Gerais, a semeadura encontra-se em estágios iniciais, sobretudo em áreas irrigadas, onde a falta de chuvas não é um fator limitante. Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, uma pausa nas chuvas recentes propiciou a redução da umidade do solo para níveis adequados, possibilitando a retomada da semeadura e das operações de manejo, essenciais para um desenvolvimento vegetativo saudável. 

O excesso hídrico e a falta de luminosidade, em áreas da região sul, têm resultando em um crescimento mais lento das lavouras e uma mudança na coloração das plantas para um tom mais amarelado.

Já no Paraná, o plantio acelerou, ultrapassando 70% da área prevista, mesmo com as variabilidades climáticas. Alguns setores enfrentam picos de temperatura e baixa umidade, fatores que podem comprometer o desenvolvimento da cultura se persistirem. 

Ao mesmo tempo, em Santa Catarina, onde a semeadura está em progresso, fortes chuvas causaram paralisações em várias regiões. Apesar disso, as lavouras já implantadas mostram-se robustas e os tratos culturais estão sendo executados de forma eficiente.

A espera por melhores condições climáticas também é a realidade em Goiás, onde produtores mantêm-se em alerta para o início do plantio, dependendo da elevação da umidade no solo, crucial para garantir uma germinação uniforme e estabelecimento inicial da cultura.

A avaliação nos 9 estados monitorados resulta em um percentual de semeadura de 22,6% em 1° de outubro, praticamente estável quando comparado com a safra passada (22,7%), mas evidenciando um crescimento em relação à semana anterior (18,3%).

Em Minas Gerais, embora a safra passada indicasse 1,2% de semeadura, observou-se um ritmo de apenas 0,3% em 1° de outubro, o que indica o início da semeadura na janela prevista.

São Paulo ainda não teve registro no início da semeadura, contrapondo o cenário da safra passada, onde no mesmo período pelo menos 1% das áreas já estavam semeadas. 

O Paraná, por sua vez, demonstra uma evolução na semeadura, crescendo de 58,0% na safra passada para 71,0% em 1° de outubro.

A variação em Santa Catarina mostra um aumento de 10,0% em 1° de outubro em comparação com a safra passada, indo de 48,0% para 58,0%, enquanto o Rio Grande do Sul apresenta uma ligeiro atraso em relação à safra passada, onde pelo menos 62,0% estava semeado, para 55,0% na data recente.

Informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.*

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