Como anda o mercado de trigo?
Por outro lado, os fatores de baixa incluem a realização de lucros
Por outro lado, os fatores de baixa incluem a realização de lucros - Foto: Canva
De acordo com a TF Agroeconômica, as recomendações para o mercado de trigo proporcionaram redução significativa nos custos dos moinhos. Se os preços foram fixados a $525, a economia foi de R$ 129,67/tonelada. Durante a semana, o valor chegou a R$ 188,41/tonelada, com o dólar a R$ 5,65. Para outros preços, as coberturas variaram: $535 (R$ 109,64/tonelada), $545 (R$ 89,62/tonelada) e $560 (R$ 59,11/tonelada). Com o mercado em alta e dois meses até o fim do contrato, há expectativa de coberturas maiores.
Entre os fatores de alta, a falta de chuva na Rússia e a redução da oferta da União Europeia, que deve exportar 26,9 milhões de toneladas, 20% a menos que a safra anterior, influenciam os preços. A valorização do dólar em relação ao euro e tensões geopolíticas no Oriente Médio também exercem impacto, afetando a confiança no fornecimento de petróleo e transporte pelo Mar Vermelho. No Brasil, a perspectiva de uma safra semelhante à anterior mantém os preços no Paraná 14,75% acima do final do ano passado.
Por outro lado, os fatores de baixa incluem a realização de lucros por parte dos fundos após altas expressivas e o aumento das exportações do Mar Negro antes do inverno. A consultoria SovEcon elevou as estimativas de produção de trigo da Ucrânia para 21,8 milhões de toneladas e suas exportações para 15,4 milhões de toneladas. No Brasil, a colheita no Rio Grande do Sul e Paraná, além da chegada de trigo argentino, tem pressionado os preços sazonalmente. Além disso, o trigo argentino tornou-se o mais barato entre as principais origens, incentivando importações brasileiras e dificultando as exportações americanas.
