Comercialização de milho na safra 22/23 e 23/24
Aumento nas vendas se deve, principalmente, à necessidade dos produtores de liberar espaço nos armazéns para acomodar a safra atual
Os dados recentemente divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em 09/10 trazem informações valiosas sobre a comercialização de milho nas safras 22/23 e 23/24. O relatório destaca um avanço notável na comercialização, indicando que 71,84% da produção total da safra 22/23 já foi negociada. Isso representa um aumento de 6,51 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
É interessante notar que, apesar de uma queda no preço médio do milho em setembro de 2,41% em comparação a agosto, com um valor médio de R$ 36,94 por saca, o avanço nas negociações foi significativo. Esse aumento nas vendas se deve, principalmente, à necessidade dos produtores de liberar espaço nos armazéns para acomodar a safra atual.
No que diz respeito à safra 23/24, as negociações já atingiram 10,54% da produção projetada, representando um avanço de 2,63 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Esse aumento é resultado da melhora nos preços de comercialização da safra futura, que registrou um aumento de 5,31% em relação a agosto, encerrando o mês com uma média de R$ 34,24 por saca.
No entanto, é importante observar que, apesar desse avanço nas negociações, a safra futura continua atrasada em comparação à média dos últimos cinco anos, com uma diferença de 24,56 pontos percentuais. Além disso, o atraso é significativo em relação ao ano anterior, com uma diferença de 5,97 pontos percentuais.
Em resumo, a comercialização de milho nas safras 22/23 e 23/24 está em foco, com um aumento notável nas negociações impulsionado pela necessidade de espaço nos armazéns e pela melhora nos preços da safra futura. No entanto, os produtores enfrentam desafios significativos em relação à média histórica, tanto dos últimos cinco anos quanto do ano anterior.