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Colheita de trigo no Rio Grande do Sul deve ser a maior da história

Os técnicos da Emater/RS concluíram mais um levantamento sobre a produção de trigo no Rio Grande do Sul na safra de inverno 2003 e apontam para a maior colheita da história, superando o volume recorde de 1,811 milhão de toneladas, em 1986. Os dados indicam uma produtividade de 1.989 quilos por hectare, que, com uma área de 987 mil hectares, deve gerar uma produção de 1.964.406 toneladas. Esse volume é 74,36% superior ao da safra passada.

O aumento da produtividade é de 40,16% e o da área de 23,4% em relação ao ano anterior. Para o presidente da Emater/RS, agrônomo Caio Tibério da Rocha, essa estimativa, ainda que inicial, demonstra a confiança que os produtores têm na cultura do trigo e que vai aumentar a receita do Estado, em um momento em que o agronegócio está em expansão.

A primeira estimativa da Emater/RS apontava uma colheita de 1,735 milhão de toneladas, com rendimento de 1.757 quilos por hectare. De acordo com os técnicos da instituição, esse aumento deve-se às condições climáticas, que estão fazendo com que a cultura tenha um bom padrão sanitário e sem a presença de pragas na maioria das lavouras, e ao nível tecnológico empregado pelos triticultores. As plantações atingem o índice de 84% em desenvolvimento vegetativo, 15% em floração e 1% já em estágio de enchimento de grãos.

O clima também tem sido favorável para a cevada e para a aveia. As lavouras estão com bom padrão fitossanitário, com perspectivas muito boas em relação à produtividade estimada. Algumas áreas das regiões do Planalto e Alto Uruguai apresentam potencial para um rendimento de 2,3 mil quilos por hectare. No Rio Grande do Sul, de acordo com o IBGE, a área semeada com cevada é de 64,4 mil hectares, com rendimento de 1.640 quilos por hectare. Já no caso da aveia branca, as lavouras ocupam 49 mil hectares, com produtividade estimada em 1.581 quilos por hectares.

Arroz

Os orizicultores também estão se beneficiando do clima seco dos últimos dias e avançam no preparo das lavouras. Apesar da pouca precipitação ocorrida até o momento, não há registros nas principais regiões produtoras de que as barragens e os mananciais hídricos estejam abaixo do nível normal para esta época do ano. A tendência na manutenção dos preços, mesmo com a confirmação da redução na TEC para 4%, parece estimular o aumento da área para o próximo ano.

Hortigranjeiros

Os agricultores da região da Serra gaúcha estão acelerando a colheita da safrinha da batatinha, que está apresentando boa qualidade e produtividade, com média de 12 mil quilos por hectare. A comercialização segue com bom ritmo, com preços na média de R$ 20,00 o saco de 50 quilos. Nessa região, a variedade mais difundida e plantada é a Baronesa, popularmente chamada de batata rosa.

No Litoral Norte, as sementeiras destinadas aos 800 hectares de produção de cebola já estão implantadas. Em 60% da área já ocorreu o transplante das mudas. Na Serra, a fase de transplante está chegando ao final e as lavouras estão com boas condições fitossanitárias. Na maior região produtora de cebola, a Zona Sul, a fase também é de final de transplante.

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