Colheita de milho no Brasil enfrenta desafios com clima seco
Regiões do Centro-Oeste têm recebido chuvas abaixo da média
No milho, o foco do mercado está nos estágios finais da safra de inverno, que deve ter sua colheita iniciada nas próximas semanas. Segundo análise da Hedgepoint Global Markets, diversas regiões do Centro-Oeste têm recebido chuvas abaixo da média, mantendo a umidade do solo nas mínimas dos últimos cinco anos. Apenas algumas regiões de Mato Grosso (MT) estão apresentando condições favoráveis de safra, conforme observado pela Conab.
Apesar das condições longe do ideal, a Hedgepoint Global Markets considera que a estimativa da Conab para a região é extremamente pessimista, especialmente para MT e Mato Grosso do Sul (MS). As agências locais indicam que o plantio dentro da janela ideal deve resultar em produtividades melhores do que as estimadas pela Conab, ainda que menores do que as da safra passada. A produção total de milho do Brasil para a safra 23/24 está estimada em 117,1 milhões de toneladas (mt), 2 milhões de toneladas a menos do que a leitura anterior da Hedgepoint, mas 5,5 milhões de toneladas acima da estimativa da Conab.
Contudo, é importante destacar que o clima nos próximos dias deve permanecer extremamente seco em todas as principais regiões, o que pode resultar em cortes adicionais, embora menores, nas projeções de produção. Em resumo, apesar do mercado estar cada vez mais atento às safras americanas, os números brasileiros ainda podem influenciar significativamente os preços de soja e milho, principalmente devido às discrepâncias entre as estimativas do USDA e da Conab.
Na soja, a estimativa da Hedgepoint é de 146 milhões de toneladas, 4,1 milhões de toneladas a menos do que a leitura anterior e 1,7 milhões de toneladas abaixo da estimativa da Conab. Já para o milho, a safra está prevista em 117,1 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas menor do que a previsão anterior, mas 5,5 milhões de toneladas acima da estimativa da Conab.