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Colheita de feijão se aproxima do fim e nova semeadura avança

O impacto das condições climáticas na safra de feijão



Foto: Canva

As condições climáticas variadas nos diferentes estados do Brasil têm demonstrado seus efeitos na colheita de feijão deste ano. De acordo com o Boletim Semanal da Conab, as variações no clima influenciaram tanto a produtividade quanto a qualidade dos grãos.

No estado da Bahia, embora haja registro de chuvas recentes, não houve impactos no ritmo da colheita. Fica evidente que apenas uma pequena porção da área, cerca de 5%, ainda precisa ser colhida. No entanto, a falta de água em períodos críticos do ciclo de crescimento impactou tanto a quantidade quanto a qualidade dos grãos produzidos.

Já em Minas Gerais, a colheita está quase completa, com exceção de algumas áreas no Triângulo e Centro-Oeste, onde o plantio ocorreu mais tardiamente. Os rendimentos médios e a qualidade dos grãos produzidos foram positivos, demonstrando que as condições climáticas foram mais favoráveis em comparação com outros estados.

No Pará, o volume das chuvas tem sido baixo. Mesmo com essa limitação, cerca de 60% da área total já foi colhida. As áreas que ainda aguardam colheita estão nas fases de enchimento de grãos e maturação. A baixa precipitação pode ser uma preocupação para a finalização do ciclo nessas lavouras.

Em continuidade à análise do impacto das condições climáticas na colheita de feijão, é crucial destacar as projeções para a semeadura da safra 2023/24. O ciclo desse cultivo já apresenta informações relevantes em relação ao desenvolvimento das lavouras e aos dados estatísticos da semeadura nos principais estados produtores, conforme as mais recentes atualizações do Boletim Semanal da Conab.

No que diz respeito à fenologia das lavouras da primeira safra, 67.5% das plantações encontram-se em desenvolvimento vegetativo e 32.5% estão na fase de emergência.

Ao considerar os dados dos principais estados produtores, a semeadura avançou de 5.6% para 7.6%, uma evolução ponderada, mas ainda inferior aos 13.2% da safra passada.

O cenário varia significativamente entre os estados. Em Piauí, Bahia e Goiás, ainda não há registros das operações. Em Minas Gerais, não há avanço em relação à semana anterior, mantendo-se em 0.0%, atrasado em relação à safra passada, tendo registrado 4.5% nesta mesma data.

São Paulo apresenta um quadro estável, com 2.0% da semeadura tanto na semana anterior quanto na atual, um número que destoa muito da safra passada, quando 100.0% da semeadura já estava completa. 

O Paraná mostra um aumento de 34.0% na semana anterior para 45.0%, em comparação com os 28.0% na safra passada.

Santa Catarina e o Rio Grande do Sul também demonstram progresso, ainda que mais modesto. Santa Catarina passou de 8.5% para 9.1%, uma melhora em relação aos 21.5% da safra passada. O Rio Grande do Sul apresenta 7.0%, um avanço quando se considera que na semana anterior não havia registro de semeadura e que a safra passada estava em 21.5%.

Informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.*

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