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CNA critica pedido de suspensão de compra de carne do Brasil

De acordo com a nota oficial da entidade, o Brasil tem um forte sistema de defesa sanitária, graças ao trabalho do governo brasileiro, em conjunto com os produtores rurais


Foto: Marcel Oliveira

Nesta sexta-feira (19). a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) criticou o pedido feito pela NCBA (National Cattlemen’s Beef Association), uma das principais entidades de produtores bovinos dos Estados Unidos, de suspensão da compra de proteína animal do Brasil. Na semana passada, a entidade americana solicitou a suspensão ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sob o argumento de que é necessário reavaliar a segurança dos procedimentos sanitários adotados pelo governo brasileiro diante de dois casos isolados de vaca louca.

De acordo com a nota oficial da entidade, o Brasil tem um forte sistema de defesa sanitária, graças ao trabalho do governo brasileiro, em conjunto com os produtores rurais. O trabalho é reconhecido pela própria OIE, que nos últimos anos concedeu ao Brasil o status de zona livre de doenças como a febre aftosa e de risco insignificante para a vaca louca.

Confira na íntegra a nota da CNA

“Com relação ao pedido da Associação de Produtores de Carne dos Estados Unidos (NCBA), encaminhado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para impedir a entrada da carne brasileira no mercado norte-americano temos que:

– O Brasil nunca teve qualquer caso de forma típica da Encefalopatia Espongiforme Bovina, o mal da vaca louca;

– A legislação brasileira proíbe o uso de qualquer proteína animal para alimentação bovina, única causa de contaminação da doença pelos animais;

– Ao contrário do Brasil, os Estados Unidos apresentaram três casos típicos da doença nos anos de 2003, 2005 e 2012;

– Em relação aos casos atípicos da vaca louca, o Brasil cumpriu todos os trâmites exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE);

– A OIE não notificou o Brasil sobre qualquer ação irregular cometida pelas autoridades sanitárias nacionais;

– O Brasil tem um forte sistema de defesa sanitária, graças ao trabalho do governo brasileiro, em conjunto com os produtores rurais. O trabalho é reconhecido pela própria OIE, que nos últimos anos concedeu ao Brasil o status de zona livre de doenças como a febre aftosa e de risco insignificante para a vaca louca;

– O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, comercializando o produto in natura para mais de 100 países. Esse número reforça a afirmativa de que cumprimos todas as exigências sanitárias firmadas pelos países que importam nosso produto. Diante deste contexto, entendemos que, ou a NCBA está desinformada ou adota a postura protecionista com viés econômico e sem nenhum caráter sanitário.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) condena qualquer medida arbitrária que vá contra os pilares do comércio internacional. Assim, repudia a conduta adotada pela entidade americana“.

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