Clima seco ajuda recuperação de áreas inundadas na Europa
Clima variado na Europa
De acordo com o boletim semanal de clima e culturas do USDA, a Europa testemunhou padrões climáticos variados que afetaram diversas regiões do continente de maneira distinta.
A maior parte da Europa foi marcada por chuvas dispersas e irregulares, durante um período de calor fora de época. Na Inglaterra, França e Alemanha, os acumulados variaram entre 2 e 85 mm, o que ajudou a manter a umidade do solo em níveis favoráveis para o plantio e estabelecimento de culturas de inverno. No entanto, em áreas onde as precipitações foram mais intensas, observou-se uma redução nas operações de campo.
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Na Europa Oriental, as precipitações durante a semana variaram muito, com registros entre 5 mm a 115 mm, com algumas localidades não registrando precipitação. Como consequência, a umidade do solo mostrou variações significativas, sendo geralmente favorável na Polônia e nos Estados Bálticos, mas insuficiente nos Bálcãs do Sul.
Já a Península Ibérica foi atingida por chuvas moderadas a intensas e tempestades, com totais pluviométricos entre 10 e 100 mm. Estas condições contribuíram para aliviar os impactos de uma seca de longo prazo e melhorar a umidade do solo, beneficiando o plantio de grãos de inverno. Entretanto, o sudeste da Espanha registrou precipitações extremamente intensas, alcançando até 200 mm, resultando em inundações.
O norte da Itália recebeu chuvas entre 10 e 45 mm, que ajudaram a mitigar os efeitos de uma seca de longa duração, originada em 2019 e que se intensificou ao longo de 2022.
Por outro lado, a Grécia experimentou um período de tempo firme, favorecendo os esforços de recuperação após inundações causadas por chuvas históricas na semana anterior na região de Tessália.
Quanto às temperaturas, o boletim aponta que, durante o período de monitoramento, os valores médios ficaram entre 3 e 6°C acima do normal em quase todas as regiões, exceto no sudoeste da Espanha (até 3°C abaixo do normal) e no sul da Grécia (temperaturas próximas à média). No entanto, o calor registrado na França central e nos Bálcãs, atingindo se aproximando dos 30°C, não apresentou impactos significativos na agricultura.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.*