Clima favorece produção leiteira no RS

O mais recente Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), destaca que a oferta de pastagens está mais adequada em áreas onde as precipitações foram mais expressivas, reduzindo a necessidade do uso da silagem de milho. Apesar das chuvas, não houve relatos de problemas por excesso de barro ou poças, o que não interferiu na qualidade do leite. Entretanto, persistem as infestações de carrapato e mosca, levando muitos produtores a realizar tratamentos estratégicos para prevenir futuras infestações.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as temperaturas amenas após chuva favoreceram o bem-estar das matrizes em lactação. Já em Caxias do Sul, alguns produtores enfrentam os impactos do vazio forrageiro outonal devido ao encerramento das pastagens anuais de verão, sem perspectiva imediata de implantação de pastagens de inverno.

Em Frederico Westphalen, a oferta de água para dessedentação dos animais e para higienização dos equipamentos é adequada em quantidade e qualidade. Na região de Ijuí, a maioria dos produtores de leite possui pastagens perenes, o que garante mais autonomia na produção de forragem e custo mais baixo. Em Lajeado, o preço do leite registrou aumento em comparação a janeiro, com expectativas de mais elevações no próximo pagamento, embora os produtores permaneçam apreensivos quanto ao futuro da atividade devido à baixa margem de lucro.

Na região de Pelotas, as temperaturas mais amenas reduziram o estresse térmico nos animais, melhorando seu desempenho, enquanto em Santa Maria, o rebanho leiteiro mantém boas condições nutricionais devido à disponibilidade de pasto, com condições sanitárias dentro do esperado para o período de verão. Em Santa Rosa, as altas temperaturas têm causado estresse térmico nos rebanhos leiteiros, impactando na produtividade e qualidade do leite.

Na região de Soledade, apesar da melhoria das pastagens, o uso de suplementos, como silagens e fenos, continua essencial, assim como a inclusão de concentrados.

Sobre a comercialização, de acordo com o levantamento de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio mensal do litro do leite no Estado registrou um aumento de 1,98% em comparação com o mês anterior, alcançando R$ 2,06. A variação nos preços recebidos pelos produtores é influenciada por diversas variáveis, incluindo o volume comercializado e as bonificações por quantidade e qualidade do leite, conforme os parâmetros normalizados para o produto.