Clima e relatório do USDA movimentam mercado de milho
Expectativa para relatório do pressiona mercado
O mercado global de milho está em um momento de expectativa com a proximidade da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), prevista para o dia 11 deste mês. Segundo a análise de mercado da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), esse relatório tem o potencial de influenciar diretamente os preços e decisões comerciais nos próximos dias.
Em Chicago, o preço do milho fechou nesta quinta-feira (10) em US$ 4,18 por bushel para o contrato futuro mais próximo, uma leve queda em relação aos US$ 4,28 registrados na semana anterior. A pressão sobre os preços reflete a expectativa de que o relatório do USDA traga novidades sobre a produção e a demanda do cereal no cenário global.
Nos Estados Unidos, a colheita do milho, até o dia 6 de outubro, avançou para 30% da área plantada, valor semelhante ao mesmo período do ano passado (31%) e levemente acima da média histórica de 27%. A qualidade das lavouras manteve-se estável, com 64% em boas ou excelentes condições, 23% classificadas como regulares e 13% em condições ruins ou muito ruins. Esse quadro positivo para as lavouras americanas tem contribuído para o ajuste nos preços do cereal.
Já na Argentina, o cenário é mais desafiador. O plantio do milho, iniciado em setembro, está atrasado devido à seca que afeta diversas regiões do país. Até o início de outubro, apenas 13,7% da área prevista havia sido semeada. A Bolsa de Buenos Aires estima que a produção total alcance 47 milhões de toneladas na safra 2024/25, mas essa projeção poderá ser revisada dependendo das condições climáticas nas próximas semanas.