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Clima e alta demanda elevam preço da lenha de eucalipto

A previsão de área cultivada com silvicultura permanece estável


Foto: Pixabay

Na região administrativa de Lajeado, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (1º de agosto), as recentes chuvas reduziram o estoque de lenha cortada disponível nas propriedades. Apesar de haver uma abundância de mato em pé, as condições climáticas e a escassez de mão de obra para a extração das florestas têm diminuído o ritmo de retirada da madeira das lavouras. Essa situação tem elevado a demanda por madeira seca, especialmente na forma de lenha.

O preço da lenha, particularmente a de eucalipto, tem reagido nos últimos meses. Em maio, o custo era de R$ 80,00 por metro estéreo (mst), mas atualmente, alguns compradores pagam até R$ 120,00 por mst pela lenha de bitola uniforme, disponível na beira de estradas. A lenha vendida nesses locais geralmente é produzida meses antes, mas sua escassez dificulta o fluxo regular de comercialização com a indústria de transformação.

Os replantios, normalmente iniciados em agosto, tendem a atrasar devido ao estoque de mato em pé ainda disponível para exploração. No entanto, estima-se que 90% dos novos plantios sejam realizados com mudas de eucalipto, uma vez que essa madeira oferece melhores resultados econômicos em comparação à acácia-negra, que também sofre com a escassez de mão de obra. Nos últimos anos, os produtores têm optado pelo eucalipto, o que afeta a produção de lenha de acácia-negra, utilizada na fabricação de carvão. A lenha de acácia-negra, originária de Montenegro, é comercializada para municípios onde a produção é destinada apenas à transformação para comercialização final.

Para reduzir os custos de transporte, produtores que vendem carvão embalado preferem a madeira de eucalipto, proveniente de fornecedores locais, mantendo assim o padrão de qualidade do produto. Devido à logística complicada e à escassez do produto, o preço da lenha de acácia-negra é superior ao do eucalipto, chegando ao mercado por até R$ 190,00 por mst.

A previsão de área cultivada com silvicultura permanece estável, diferente de anos anteriores, quando áreas de florestas eram substituídas por soja e milho. As fortes chuvas e estiagens, juntamente com as cheias deste ano, frustraram as safras de grãos, desestimulando a substituição das florestas por cultivos de cereais.

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