Os problemas climáticos que atingiram as regiões produtoras de café este ano fizeram com que a qualidade dos lotes avaliados pela comissão julgadora do prêmio Illy de qualidade, promovido pela Illycafè, uma das maiores torrefadoras do mundo, fosse um pouco inferior à do ano passado. "Por conta do clima quente e seco em algumas regiões, os grãos passaram de verde para seco, sem passar pela fase madura. Houve um adiantamento de fases", diz Aldir Teixeira, presidente da comissão julgadora.
O clima quente fez com que o produtor adiantasse sua colheita o que proporcionou a presença de grãos verdes nos lotes enviados à comissão, segundo Teixeira.
"A seleção foi muito difícil, já que além das dificuldades climáticas o número de amostras esse ano foi maior", diz o presidente da comissão ao lembrar que os classificados para a próxima fase cumprem todos os requisitos de qualidades exigidos pela Illycafè.
Entre os 50 finalistas, estão representados dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, sendo que os mineiros são maioria: 47 representantes. Na edição de 2001, a fase final contou com a presença de 41 lotes de origem mineira.
"O excesso de chuvas registrado sobre o Espírito Santo esse ano pode ter prejudicado a qualidade do café daquele estado", afirma Teixeira, referindo-se ao fato do estado não ter nenhum lote entre os 50 finalistas deste ano.
Prêmio em dinheiro
Os 50 lotes que passaram para a fase final dividirão um prêmio total de US$ 100 mil, que será anunciado apenas em março de 2003, em São Paulo. O primeiro colocado receberá US$ 30 mil; o vice-campeão, US$ 20 mil; o terceiro colocado, US$ 10 mil; o quarto, US$ 5 mil; e US$ 3 mil para o quinto lugar. Os classificados da sexta à décima posição receberão US$ 1 mil cada um, enquanto os posicionados até a 50 colocação receberão US$ 700 cada.
Alexandre Inacio