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Clima afeta desenvolvimento aquícola e pesqueiro no RS

As temperaturas médias e os dias chuvosos têm limitado o desenvolvimento das criações


Foto: Pixabay

Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (27/06), as condições climáticas adversas estão impactando a atividade aquícola na região administrativa de Erechim. As temperaturas médias e os dias chuvosos têm limitado o desenvolvimento das criações, com a redução na produção de plâncton devido aos dias nublados.

Na região administrativa de Ijuí, a elevação das temperaturas tem favorecido o cultivo de peixes, aumentando o metabolismo dos animais e facilitando o fornecimento de alimentos. Entretanto, na região de Porto Alegre, os produtores ainda se recuperam dos impactos de eventos climáticos adversos, como transbordamentos e rompimento de açudes.

Em Passo Fundo, persistem os problemas com a qualidade da água dos tanques devido à diminuição na reprodução da microflora e da fauna, influenciada pelas baixas temperaturas e menor exposição solar. Em Santa Rosa, as chuvas intensas elevaram consideravelmente o nível de água nos tanques e açudes. As temperaturas mais altas aumentaram o consumo de ração pelas tilápias, enquanto as carpas capim mantiveram um consumo regular.

Na região administrativa de Pelotas, o período de defeso na Lagoa dos Patos continua até 30/09. No município de Pelotas, as comunidades pesqueiras ainda enfrentam dificuldades devido ao nível baixo da Lagoa dos Patos, com muitas famílias gradualmente retornando para suas casas. Peixarias e feirantes ainda não retomaram a comercialização do pescado.

Em Rio Grande, a maioria dos pescadores já retornou para a Ilha da Torotama. Em Santa Vitória do Palmar, a comercialização do pescado continua parada devido ao nível instável da água na comunidade de Santa Isabel, que deixa os pescadores sem compradores e impossibilitados de pescar.

Em Tavares, a safra de camarão na Lagoa do Peixe foi encerrada, com um levantamento no balneário dos pescadores registrando danos a cinco embarcações, além de perdas de 90 redes de pesca, 30 âncoras e cabos, um trapiche, e condições precárias de acesso a uma estrada.

Na região de Santa Rosa, os pescadores relatam grandes impactos na atividade de pesca artesanal devido à elevação do nível e da velocidade da água, o que impossibilita a disposição dos materiais de pesca. O Rio Uruguai apresenta vazante, com uma cota registrada de 7,88 metros.

As condições climáticas adversas estão desafiando tanto a produção aquícola quanto a pesca no Rio Grande do Sul, exigindo estratégias de adaptação e resiliência por parte dos produtores e pescadores.

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