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Citros: Furacão Irma causa perdas de 70% na Florida

Quebra nos EUA deve aquecer ainda mais o mercado brasileiro



Umas das maiores regiões produtoras de citros mundial, o sul dos Estados Unidos começa a contabilizar suas perdas com a passagem do Furacão Irma. De acordo com a Associação de Frutas e Vegetais da Flórida, a quebra da safra pode chegar a 70% em algumas áreas, prejudicando ainda mais uma indústria que já vinha combalida.

“O maior impacto do Irma foi sobre a nossa indústria de citros. A estimativa de danos varia conforme a região, mas os danos no sul da Flórida são os mais severos. De acordo com relatórios de campo, a quebra de safra fica entre 50% a 70% no Sul da Flórida, dependendo da área”, conta Lisa Lochridge, diretora de relações públicas da Associação.

De acordo com o relato, o problema maior foram os ventos excessivos, que arrancaram as frutas das árvores. Por outro lado, a entidade afirma que os danos nas árvores não foram tão grandes: “o que é bom para os produtores a longo prazo”.

Com a força do Irma, que atingiu categoria quatro na semana passada ao passar pela costa oeste da Florida, uma grande quantidade de pomares foi inundada. Isso poderá provocar podridão e doenças nas raízes das árvores. Os números da colheita – que deveria começar em dois meses – deverão ser bastante menores do que os projetados. 

O tempo inclemente nos Estados Unidos deve aquecer ainda mais o mercado de laranja no Brasil. O USDA já previa uma produção pequena na Flórida, de 81,5 milhões de caixas. Essa quebra de safra deve prejudicar ainda mais a região, que é a segunda maior produtora mundial – atrás apenas do parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais.

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