Cinturão do milho é impactado por altas temperaturas
Monitoramento do USDA revela impactos das temperaturas
Os agricultores do Corn Belt estão enfrentando um mês de agosto tumultuado, marcado por extremos climáticos, conforme detalhado no boletim semanal do USDA. A região tem sido diretamente afetada por uma combinação de eventos meteorológicos, destacando a volatilidade do clima e seu impacto na agricultura.
No Corn Belt, uma expansão repentina de calor extremo resultou em temperaturas semanais médias de 5 a 7°C acima do normal, desde as planícies centrais até a parte oeste da região. As leituras foram pelo menos 2°C acima do normal em uma vasta área até a costa do Golfo, excluindo o sul do Texas.
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Essas temperaturas elevadas, acima dos 40°C em alguns pontos, e a pouca chuva da semana, contribuíram com o aumento de 1% nas áreas de milho classificadas como secas, saindo de 42% para 43%. Este quadro representa uma situação pior do que a registrada na safra de 2022, onde 27% das lavouras estavam em áreas de seca.
Monitor de secas dos EUA para a cultura do milho. Áreas hachuradas de vermelho representam setores classificados em seca. Os tons de verde destacam as regiões produtoras. Fonte: Drought Monitor
Avaliação milho e soja
Ainda de acordo com o boletim semanal do USDA, a produção agrícola americana, particularmente para as culturas de milho e soja, está apresentando resultados significativos em relação aos anos anteriores.
Para o milho, até 27 de agosto, 88% da área cultivada já havia alcançado o estádio de massa, posicionando-se 4 pontos percentuais à frente do registrado no ano passado e 2 pontos acima da média dos últimos cinco anos. Ainda neste contexto, 51% da área cultivada com milho já estava apresentando grão dentado, um avanço de 7 pontos percentuais em comparação ao ano anterior e 2 pontos à frente da média de 5 anos.
No que diz respeito à maturação, 9% da área total de milho do país estava madura até 27 de agosto, superando em 2 pontos percentuais o registrado no mesmo período do ano anterior e 1 ponto à frente da média.
Apesar desses avanços, a qualidade das lavouras vem sendo uma preocupação, já que 17% da produção de milho foi classificada como ruim ou muito ruim,
Já a soja, 91% da área cultivada nacional já tem vagens, posicionando-se 1 ponto percentual à frente tanto em relação ao ano anterior quanto à média dos últimos cinco anos. Em termos da queda de folhas, 5% da lavoura de soja já havia completado esta fase até 27 de agosto, ultrapassando em 1 ponto percentual o registro do ano anterior, porém, ficando 1 ponto atrás da média quinquenal.
A condição geral da soja revela que 58% da área estava classificada de boa a excelente, 1 ponto percentual abaixo da semana anterior, mas 1 ponto acima do ano passado.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues ciom revisão de Aline Merladete