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Cientistas rebatem críticas do CNPq à Ciência Aberta

A carta critica a ideia de que a ciência aberta deve esperar a superação de desafios



Os pesquisadores defendem que, ao adotar práticas de ciência aberta, o Brasil se alinharia às tendências internacionais Os pesquisadores defendem que, ao adotar práticas de ciência aberta, o Brasil se alinharia às tendências internacionais - Foto: Pixabay

Uma carta aberta, assinada por membros da Rede Brasileira de Reprodutibilidade (RBR) e cientistas de diversas áreas, questiona a visão apresentada no documento "Ciência aberta: uma visão desapaixonada", publicado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O texto oficial, assinado por Ricardo Galvão, presidente do CNPq, e Débora Menezes, diretora da entidade, sugere que as barreiras para a implementação da ciência aberta seriam insuperáveis, principalmente devido aos altos custos das taxas de publicação e à falta de infraestrutura para o compartilhamento de dados.

A resposta da RBR, divulgada em 18 de janeiro, afirma que, embora existam obstáculos, esses não justificam a paralisia nas ações pela abertura da ciência. A carta critica a ideia de que a ciência aberta deve esperar a superação de grandes dificuldades. Em vez disso, defende a adoção de medidas simples e de baixo custo que podem ser implementadas imediatamente, como a implementação de políticas de avaliação que desencorajem publicações em periódicos pagos e a exigência de acesso aberto para artigos financiados pelo CNPq.

Outro ponto destacado na carta é a necessidade de transformar o compartilhamento de dados em uma prática comum, com exceções apenas para dados sensíveis ou de grande volume. O texto também critica o atual modelo de assinaturas de periódicos, que custa cerca de 500 milhões de reais por ano ao Brasil, tornando o acesso à ciência mais excludente e menos sustentável.

Os pesquisadores defendem que, ao adotar práticas de ciência aberta, o Brasil se alinharia às tendências internacionais e poderia melhorar a colaboração científica global, otimizando recursos públicos e aproveitando as iniciativas já existentes. A carta conclui destacando que, se o Brasil não seguir esse movimento, pode perder importantes oportunidades de colaboração no futuro.
 

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