Chuvas prejudicam colheita e ensilagem de milho no RS
As chuvas recorrentes desde meados de abril continuam prejudicando o milho
O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na quinta-feira (02), aponta que as chuvas recorrentes desde meados de abril continuam prejudicando tanto a colheita quanto a ensilagem de milho na maior parte do estado, atrasando as atividades agrícolas. Apesar das adversidades, parte da Região Norte concluiu a colheita, enquanto na metade Sul e Vale do Rio Pardo, a atividade prossegue. O relatório indica que a produtividade projetada permanece em 35.518 kg/ha. Os dados foram coletados pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar na semana passada (22 a 28/04), antes das chuvas mais intensas até a quarta-feira (01).
Na região administrativa de Bagé, na Campanha, a colheita para ensilagem avançou entre 22 e 26/04, aproveitando o tempo seco. Máquinas foram contratadas para agilizar o processo antes da chegada do temporal, que causou danos significativos nas lavouras. As perdas ainda estão sendo contabilizadas, e a previsão de mais chuvas até a segunda semana de maio levanta preocupações quanto à deterioração das lavouras remanescentes.
Em Soledade, o progresso na colheita e ensilagem do milho tardio foi limitado devido à alta umidade relativa do ar, tempo encoberto e garoa. Apesar do desempenho produtivo normal das lavouras, observam-se perdas devido aos ataques de cigarrinha, levando muitos produtores a acionar o Proagro em resposta aos danos.
Esses desafios climáticos e fitossanitários estão exigindo adaptações dos agricultores para enfrentar as condições adversas e garantir a qualidade da produção de milho para o inverno.