Chuvas na colheita, afetaram as lavouras de algodão
Umidade aumentou a pressão de doenças e necessidade de tratamentos fitossanitários
As lavouras de algodão do Brasil, na última semana, apresentaram uma variedade de condições, influenciadas pelas diferenças climáticas e fitossanitárias regionais, de acordo com as informações mais recentes da Conab.
Em Mato Grosso, houve progresso na colheita das lavouras de primeira safra, e também em alguns talhões da segunda. As precipitações recentes intensificaram a necessidade de aplicação de fungicida, uma medida preventiva para evitar o avanço de doenças nas plantações.
No Mato Grosso do Sul, as temperaturas mais baixas dificultam a evolução da colheita. Nesse contexto climático, a eficácia dos desfolhantes cai, o que impediu sua aplicação. As lavouras da região estão sob monitoramento contínuo para controle do bicudo-do-algodoeiro, uma praga conhecida do setor, visando a adoção de estratégias fitossanitárias adequadas para a próxima safra.
Goiás registrou condições similares, onde as chuvas dificultaram o acesso às máquinas aos campos, e as temperaturas amenas impactaram a eficiência dos desfolhantes, limitando o avanço da colheita.
Em Minas Gerais, a colheita avançou em ritmo mais lento, com a maioria das lavouras ainda em fase de maturação. Já em São Paulo, a colheita está em sua fase final.
No Extremo-Oeste da Bahia, as lavouras de sequeiro continuam em fase de maturação e colheita, enquanto as irrigadas estão formando maçãs. Na região Centro-Sul, a fase é de colheita.
Por fim, no Maranhão, a colheita iniciou na região Sul, com a maior parte das lavouras em maturação, apresentando boas condições. O mesmo cenário foi registrado no Piauí (PI), onde a colheita também começou e as lavouras estão em fase de maturação, com boas condições.
Dados recentes indicam a progressão da colheita de algodão nos principais estados produtores do país. A tabela a seguir mostra a comparação percentual da safra passada, da semana anterior e dos dados mais recentes, de 24 de junho.
No Maranhão, a colheita saltou para 4,0% em relação à semana passada, representando um avanço se comparado à safra anterior. No Piauí, o ritmo foi ainda maior, indo de 0 a 10,0% na semana, sendo superior ao ritmo da safra passada.
A Bahia, por sua vez, passou de uma porcentagem de colheita de 18,0% na safra passada para 6,0% na data mais recente, uma diminuição que provavelmente reflete as condições climáticas desafiadoras que foram relatadas.
Em Mato Grosso, os números são bem próximos, passando de 4,4% na safra passada para 4,3% atualmente. No Mato Grosso do Sul, houve uma diminuição de 14,0% para 6,0%, indicando um ritmo mais lento na colheita neste estado.
Goiás também registra um ritmo mais lento, inclusive entre as duas últimas semanas, indo para 1,1%. Situação semelhante em Minas Gerais, que registrou um aumento de 1% em relação à semana passada e abaixo da safra anterior.
Analisando a média entre os sete estados mencionados, a colheita passou de 3,1% para 4,7% no dia 24 de junho, contra os 7,4% na safra anterior.
Essas flutuações, tanto positivas quanto negativas, são um reflexo das variáveis complexas que impactam a produção de algodão, incluindo as condições climáticas, a presença de pragas e a eficácia dos métodos de controle. O setor segue atento às condições das lavouras para garantir uma colheita bem-sucedida e produtiva.
Informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)