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Chuvas intensas alteram plantio de milho no sul do Brasil

Plantio chega a 18,3% da área prevista


Foto: Pixabay

No mais recente boletim semanal divulgado pela Conab é possível observar que, as condições atuais das plantações de milho estão sendo significativamente influenciadas pelas flutuações climáticas que têm afetado várias regiões do país. Uma atenção especial é direcionada para a Região Sul, onde o excesso de precipitação já está acarretando impactos significativos para os agricultores.

De acordo com o metereologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues, em Minas Gerais, onde o processo de plantio está nos estágios iniciais, ele está predominantemente concentrado em áreas irrigadas e voltadas para a produção de sementes. No entanto, é no estado do Rio Grande do Sul que as preocupações estão se intensificando. As recentes chuvas no estado têm impedido um progresso robusto no plantio. Muitos produtores relatam uma diminuição na densidade das plantas, atribuindo isso a problemas na germinação causados pelo excesso de chuvas. A realização das práticas culturais adequadas tem se tornado desafiadora em várias áreas do Rio Grande do Sul.

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A janela de tempo ideal para o plantio está se fechando, e, à medida que as chuvas continuam, a apreensão entre os agricultores aumenta. A tendência é que, devido à persistência das precipitações, muitas áreas inicialmente destinadas ao milho sejam redirecionadas para o cultivo de soja, que possui um ciclo de plantio mais flexível e é mais resistente às variações climáticas.

Por outro lado, no Paraná, observamos um cenário mais otimista. Mais da metade da área prevista para o cultivo de milho já foi semeada, e grande parte das lavouras está apresentando boas condições. No entanto, não podemos ignorar os impactos das fortes chuvas que ocorreram no início do mês. Em algumas mesorregiões do estado, houve falhas na germinação do milho devido a essas condições adversas.

Santa Catarina segue o Paraná em termos de progresso, com o plantio avançando de maneira eficiente em todas as regiões. Embora a maioria das plantações pareça saudável, é crucial destacar o aumento da pressão exercida por pragas. Entre as mais preocupantes estão a cigarrinha e o tripes, que têm exigido uma atenção redobrada por parte dos agrônomos e agricultores.

Os números da semeadura de milho na Região Sul estão ganhando destaque, principalmente ao comparar o andamento da safra atual de 2023 com o desempenho da safra anterior, em 2022. 

Em uma análise geral, considerando um grupo de nove estados monitorados, observa-se que o percentual de semeadura em 18 de setembro da safra de 2023 estava em 15,0%, progredindo para 18,3% em 24 de setembro, com as operações concentradas em áreas da região sul. Na safra de 2022, essa média era de 19,3% para o mesmo período.


No Paraná, a safra de 2022 registrava um percentual de 47,0% do plantio até a mesma data. Para a safra atual, em 18 de setembro, esse número estava em 42,0%. No entanto, em uma semana, houve um avanço expressivo, chegando a 58,0% até 24 de setembro. Assim, o estado mostra um ritmo acelerado em relação ao ano anterior.

Em Santa Catarina, os dados mostram um ritmo mais lento para a safra de 2023. Até 18 de setembro, 23,0% da área havia sido colhida, avançando para 43,0% em 24 de setembro. Em comparação, a safra de 2022 já contava com 48,0% da área colhida no mesmo período.

O Rio Grande do Sul, por sua vez, também apresenta um atraso na semeadura da safra atual em relação a 2022. Na safra anterior, 52,0% da área estava implementada até essa data, enquanto na safra atual os números foram de 45,0% em 18 de setembro, com um leve avanço para 46,0% em 24 de setembro.

De maneira geral, o Paraná avança em ritmo acelerado no plantio, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão com o processo mais demorado em comparação com o ano anterior. 

O material foi elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com is informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com revisão de Aline Merladete.
 

 

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