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Chuvas beneficiam trigo no Rio Grande do Sul

As precipitações foram suficientes para normalizar a umidade do solo


Foto: Canva

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (8) pela Emater/RS-Ascar, as chuvas que ocorreram nos dias 27 e 28 de julho, e 4 de agosto, foram altamente benéficas para o cultivo de trigo no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões que enfrentavam maior déficit hídrico. Mesmo em volumes baixos, as precipitações foram suficientes para normalizar a umidade do solo, favorecendo o manejo da adubação nitrogenada em cobertura. Esse fator permitiu a recuperação do porte das plantas, o aumento da área foliar e a emissão de perfilhos. Atualmente, 98% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo e 2% em florescimento.

As condições climáticas, com dias de sol após as chuvas, permitiram a conclusão do plantio dentro do prazo indicado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). A sanidade das lavouras é considerada satisfatória, com a maioria delas livre de doenças foliares. Contudo, algumas áreas mais úmidas e semeadas no início do período estão começando a mostrar sinais de infestação. O controle de plantas invasoras, especialmente o azevém, continua sendo realizado conforme necessário. A área cultivada de trigo no estado é de 1.312.488 hectares, com produtividade prevista de 3.100 kg/ha, segundo dados da Emater/RS-Ascar.

Na região administrativa de Bagé, as chuvas animaram os produtores, embora em alguns municípios, como São Borja, as precipitações tenham sido irregulares. Em Maçambará e Manoel Viana, onde os volumes foram mais significativos, as adubações nitrogenadas devem ser eficazes, melhorando o estande das lavouras mais recentes. Embora a emergência das plantas tenha sido desuniforme, o bom perfilhamento ajudou a evitar áreas descobertas.

Na Campanha, o trigo apresenta bom desenvolvimento após duas chuvas com intervalos de cinco dias, seguidas por sol adequado. A semeadura foi concluída antes do início das chuvas em 3 de agosto. A região tem condições climáticas favoráveis para a germinação e manejo das lavouras.

Em Caxias do Sul, a semeadura foi concluída dentro do prazo do ZARC, que terminou em 31 de julho. O baixo volume de chuvas garantiu boa germinação das áreas semeadas na segunda quinzena de julho. As práticas agrícolas, como controle de ervas daninhas e adubação nitrogenada, estão em andamento.

Em Erechim, as últimas áreas semeadas no final de julho mostram emergência adequada, com condições sanitárias satisfatórias. Algumas áreas mais úmidas apresentam doenças foliares.

Em Frederico Westphalen, as condições climáticas favoreceram o desenvolvimento, mas o avanço do crescimento vegetativo, associado a alta umidade, está causando doenças como oídio e manchas foliares. A alta infestação de azevém, devido à dessecação insuficiente, preocupa os produtores.

Em Ijuí, as plantas apresentam desenvolvimento satisfatório, com boa emissão de folhas e perfilhos. A adubação nitrogenada está em andamento, apesar de algumas áreas mostrarem oídio e ferrugem.

Em Passo Fundo, 70% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 30% em afilhamento, sem ocorrência de doenças e pragas. O manejo foca na adubação de nitrogênio e controle de plantas invasoras.

Em Pelotas, o tempo seco permitiu a conclusão da semeadura, com as lavouras em desenvolvimento vegetativo sem problemas fitossanitários.

Em Santa Maria, as lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, com algumas começando a florescer. A umidade no solo foi benéfica, e o controle de ervas invasoras é focado em espécies de folhas largas.

Em Santa Rosa, o desenvolvimento prossegue sem problemas, com bom perfilhamento e desenvolvimento foliar. Apenas 2% das lavouras estão florescendo, e o monitoramento de insetos e doenças continua.

Em Soledade, as condições ambientais favorecem a expansão da área foliar e perfilhamento, com lavouras expressando potencial produtivo elevado.

No que diz respeito à comercialização, o preço médio da saca de 60 quilos reduziu 0,20% em comparação à semana anterior, passando de R$ 68,94 para R$ 68,80, segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar. O trigo disponível foi cotado na Bolsa de Cereais de Cruz Alta a R$ 86,00 por saca.

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