Chuvas amenizam impacto da onda de calor na Europa
Apesar do forte calor, umidade no solo reduziu os potenciais danos
Em um recente levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), foram destacadas as condições climáticas predominantes em várias regiões da Europa e seus impactos diretos na agricultura.
No decorrer da semana, as chuvas esparsas beneficiaram as culturas de verão em fase de enchimento de grãos em grande parte da Europa central, norte e leste, antes da chegada de um período de calor mais intenso no final da semana. Apesar da incidência deste calor, as precipitações contribuíram para manter perspectivas favoráveis para as lavouras.
Os acumulados de chuvas, embora menos intensos e abrangentes do que nas últimas semanas, variaram entre 5 a 60 mm, com registros pontuais superiores, especialmente na Inglaterra e se estendendo desde o centro da França até a Polônia.
Houve também um registro de precipitações localizadas mais intensas, entre 10 a 90 mm, na região norte da Sérvia. As precipitações contribuíram para manter os níveis de umidade do solo adequados e até abundantes para as culturas de verão em grande parte da Europa central e norte.
Em contraste, regiões do Mediterrâneo registraram clima seco e um aumento na temperatura, atingindo marcas entre médio e alto 30°C. Esse cenário fomentou uma aceleração na maturação e desidratação das culturas de verão.
Ao longo da semana, o calor se expandiu para o norte e leste, o calor mais forte sendo notado desde o sul da França até o nordeste da Polônia, apresentando variações de 3-6°C acima da média. No entanto, é importante destacar que culturas como milho, girassol e soja já haviam ultrapassado o ponto de maior sensibilidade às temperaturas elevadas. Além disso, o solo úmido foi crucial para ajudar as culturas a resistir ao clima quente, minimizando impactos significativos.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete