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Chuva ameaça safra de algodão do Paquistão


A período de chuvas, este ano, no Paquistão, está registrando um nível superior à média dos últimos 30 anos, o que vem causando danos às safras. Além de ter matado mais de 100 pessoas, provocou sérios prejuízos nas lavouras de algodão, disseram cotonicultores e meteorologistas. A média de chuvas no país tem sido em torno de 30% acima da média de 30 anos de 137.5 milímetros, enquanto que há previsão de mais chuvas nas próximas 48 horas, disse Anjum Bari, vice-diretor do departamento de meteorologia do país.

"Se continuar chovendo por mais uma semana, as perdas podem chegar a 25%" para a safra de algodão na província de Sindh, no sul do país, disse Abdul Sattar Balgamwala, um cotonicultor de Karachi. A chuva acima da média danificou 10% da safra, habitualmente colhida em outubro, na província.

O Paquistão prevê que a produção de algodão alcançará 10,5 milhões de fardos neste ano agrícola, iniciado em 1º de julho, ou 8,2% mais comparado com as 9,7 milhões de fardos do ano passado, para satisfazer a crescente demanda dos Estados Unidos, União Européia (UE), Japão e Turquia.

A província de Sindh corresponde a 20% da produção total do país. A estação anual das chuvas, que vai de julho a setembro, é crucial para o setor agrícola paquistanês, que representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O Paquistão teve um período climático normal no ano passado depois de ter experimentado três anos seguidos de seca.

Água parada

As pesadas chuvas na região sul do país podem afetar a produção de algodão na província de Sindh por causa da água estagnada nas plantações e do risco de infestação de pragas, disseram altos funcionários e traders.

O impacto das chuvas sobre a principal província cotonicultora, a de Punjab - que responde por 75% da produção total de algodão do país - tem sido mínimo porque a safra nessa região está na fase de plantio, disse Chaudhry Arshad, especialista em cotonicultura do Instituto de Pesquisa de Algodão, em Multan. O plantio da safra tem início no fim de abril, a colheita começa no final de julho e a entrega termina em março.

Um pesquisador de algodão do governo disse que a maior ameaça são os ataques de pragas que crescem com o aumento da umidade.

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