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China veta importação de soja do continente americano


A China impediu as importações de soja do continente americano, fornecidas pelas operadoras da Cargill, Toepfer International, filial da Archer Daniels Midland, e de outras empresas do ramo de grãos. A medida tem por objetivo frear as compras da commodity, que podem chegar a US$ 3,5 milhões este ano. A medida proíbe que a China importe, em 2003, os 18 milhões de toneladas de soja previstos. A Cargill, Toepfer e Noble Grain mantiveram negociações para a solução do problema, informou Christopher Shen, gerente de distribuição regional da Noble Grain, em Pequim. "Parece que o governo quer limitar as importações para 15 milhões de toneladas este ano, e tomou a medida inesperadamente, a fim de regular o fluxo", declarou T.K. Fan, gerente da Toepfer, empresa com sede em Cingapura. As importações chinesas de soja avançaram para mais do dobro no primeiro semestre deste ano. Atingiram 10,2 milhões de toneladas. Em todo o ano passado, foram de 11,3 milhões de toneladas, segundo os dados alfandegários disponíveis. A China, o governo do país, que hoje é classificado como o maior comprador mundial do produto, não deseja que as compras externas do produto continuem aumentando. Óleo e ração A crescente demanda por óleo comestível e rações animais levou a Cargill, maior empresa do setor agrícola nos Estados Unidos, a também norte-americana Archer Daniels, maior processadora mundial de grãos, e outras empresas, a expandirem a sua capacidade processadora de grãos na China. O governo chinês alega questões de segurança para impedir as importações e isso fez com que aumentasse o número de navios ancorados que esperam descarregar suas mercadorias nos portos chineses, segundo anunciaram, na sexta-feira, funcionários brasileiros do setor de grãos. Navios parados As importações começaram a diminuir quando o departamento encarregado das inspeções de qualidade deixou de emitir as devidas permissões. Mais de 15 embarcações do Brasil e da Argentina estavam paradas em portos do Chile, à espera dessas permissões, disseram operadoras, há quinze dias. "A mensagem enviada às operadoras é que o governo chinês intervirá, caso o volume de importações cresça demasiadamente depressa", informou Larry Li, chefe das negociações de oleaginosas em Pequim, Xinlong Harvest Trade. kicker: Governo do país asiático espera conter as aquisições da commodity pelas grandes tradings

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