China lançará plano de comércio de carbono
Carvão ainda é responsável por 60% da energia chinesa
O sistema de comércio de carbono da China começará a operar em fevereiro, informou o Ministério do Meio Ambiente, quando o maior poluidor do mundo tomar medidas para descarbonizar sua economia até 2060. O ministério primeiro emitiu regras que permitem aos governos provinciais definirem limites de poluição para grandes empresas de energia.
As empresas podem comprar o direito de poluir de outras pessoas que têm uma pegada de carbono menor, mas espera-se que o programa reduza as emissões gerais tornando-o mais caro. "Este é um dos desenvolvimentos mais empolgantes para o maior mercado de carbono do mundo nos últimos anos", disse Zhang Jianyu, vice-presidente do Fundo de Defesa Ambiental da China, que consultou o governo sobre o comércio de emissões.
No entanto, o carvão ainda é responsável por 60% da energia produzida na China, apesar das ambiciosas metas de energia renovável. Especialistas alertam que o poderoso lobby do carvão pressionará fortemente por limites de carbono favoráveis. Segundo as novas regras, mais de 2.200 empresas que emitem mais de 26.000 toneladas de gases de efeito estufa por ano podem começar a negociar suas cotas de emissão a partir de 1º de fevereiro. Espera-se que o sistema nacional da China eclipse o da União Europeia e se torne o maior esquema de comércio de emissões (ETS) do mundo.
Pequim se comprometeu a atingir o pico de emissões até 2030 e se tornar neutra em carbono 30 anos depois. Mas reduziu os planos iniciais de reduzir as emissões de sete outras indústrias, incluindo aviação, aço e fabricação petroquímica.