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China espera que proibições australianas sejam suspensas

Os compradores chineses de algodão estão comprando produtos australianos em antecipação à proibição não oficial



Foto: Pixabay

Os compradores chineses de algodão estão comprando produtos australianos em antecipação à proibição não oficial que dizimou as exportações australianas de algodão para a China. O algodão australiano está sendo enviado para um armazém alfandegado em Qingdao e possivelmente em outro local, pela subsidiária australiana da China National Cotton Group Corporation, um dos maiores compradores estatais de algodão chinês, disse à Reuters o comerciante da CNCGC Austrália, Tom Zheng.

Se a proibição não oficial for suspensa, o algodão poderá ser vendido no lucrativo mercado doméstico chinês, disse ele. Caso contrário, as empresas das zonas francas podem utilizar o produto para reexportação. "Não é uma aposta completa porque há consumo na China em zonas francas", disse Zheng. "Esperamos que o relacionamento melhore e a proibição seja suspensa."

Um trader que falou sob condição de anonimato disse que o algodão australiano está entrando na China há meses e que pequenos carregamentos já passaram pela alfândega. Outrora o maior mercado para o algodão australiano, o comércio de A$ 900 milhões (US$ 620,28 milhões) foi interrompido no final de 2020, depois que a China impôs uma série de restrições oficiais e não oficiais que também atingiram commodities como carvão e madeira.

A China importou 20.000 toneladas de algodão australiano em 2022, em comparação com 400.000 em 2019, segundo dados da alfândega chinesa. Mas o degelo diplomático após um encontro entre o presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Anthony Albanese em novembro passado já viu as restrições comerciais ao carvão parcialmente suspensas.

O presidente-executivo da Cotton Australia, Adam Kay, disse ter ouvido que os comerciantes chineses estavam entrando em contratos futuros de algodão para maio. Caso o comércio permaneça bloqueado, eles transferirão os suprimentos para outro lugar, acrescentou. "Ainda temos contato com contatos de fiações na China e eles adorariam ter acesso ao nosso algodão de alta qualidade novamente", disse ele.

Fonte Reuters com tradução Agrolink*

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