Cenário econômico: Real se valoriza e IPCA perde força
A produção industrial recuou 0,3% em dezembro
A inflação medida pelo IPCA perdeu força no início de 2024 - Foto: Pixabay
De acordo com o Rabobank, o mercado segue atento às incertezas globais e locais. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve demonstra preocupação com o impacto inflacionário das novas tarifas de importação impostas por Donald Trump, especialmente sobre aço e alumínio. Apesar disso, o mercado de trabalho norte-americano apresentou uma taxa de desemprego menor em janeiro (4,0%) do que o esperado (4,1%), mesmo com a criação de apenas 143 mil novas vagas, abaixo do consenso de 175 mil.
A inflação medida pelo IPCA perdeu força no início de 2024, registrando alta de 0,16% em janeiro, abaixo dos 0,52% de dezembro. No acumulado de 12 meses, o índice cedeu de 4,8% para 4,6%. O setor de transportes exerceu pressão inflacionária, enquanto a energia elétrica ajudou a conter o índice. O IGP-DI também seguiu em desaceleração pelo terceiro mês consecutivo, subindo apenas 0,11% em janeiro, influenciado pela queda nos preços de grãos, carne e minério de ferro.
A produção industrial recuou 0,3% em dezembro, acumulando um crescimento de 3,1% em 2024, impulsionado principalmente pelo setor de bens de consumo duráveis e bens de capital. No comércio exterior, a balança comercial registrou um superávit de US$ 2,2 bilhões em janeiro, bem abaixo dos US$ 6,2 bilhões do mesmo período de 2023. As exportações caíram 5,7% na comparação anual, enquanto as importações cresceram 12,2%.
O dólar encerrou a última semana cotado a R$ 5,8050, registrando uma valorização semanal de 0,67% do real, o sexto melhor desempenho entre 24 moedas emergentes. No entanto, o Rabobank alerta que o real continuará suscetível a fatores externos e internos, projetando uma cotação de R$ 5,94 para o final de 2025.
