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Cebolas híbridas se adaptam às diferentes regiões

O país está entre os oito maiores produtores mundiais da cultura



Foto: Divulgação

O Brasil cultiva cebola em diferentes regiões, desde Santa Catarina, passando por São Paulo e chegando até a Bahia. O país está entre os oito maiores produtores mundiais da cultura e é o maior da América do Sul.

Para dar conta de produzir em diferentes regiões as cultivares estão cada vez mais adaptadas. Como destaque aparecem as híbridas. Só a marca paulista Topseed Premium tem 13 variedades. Todas são testadas antes de ir para lavouras comerciais em quatro estações experimentais e uma unidade de pesquisa. As diferentes opções permitem que o cebolicultor analise qual sua necessidade e o semeio em diferentes épocas. “O plantio de sementes híbridas de cebola trouxe ganhos em produtividade, padronização, qualidade de casca e pós-colheita”, destaca o especialista em Bulbos e Raízes da Agristar do Brasil, Samuel Sant’Anna.

Como lançamento chega a variedade de cebola roxa híbrida Rubi. É indicada para todas regiões produtoras do país. Tem bulbos de formato arredondado, elevado potencial produtivo e resistência à raiz rosada, uma das principais doenças que afetam a cultura.

Indicadas para o Nordeste aparecem as cebolas Serena e Fernanda. Entre as suas principais características estão o elevado potencial produtivo, pois, tratam-se de materiais que suportam maiores adensamentos de plantas. Ambos tem se destacado principalmente nos cultivos realizados no segundo semestre onde as temperaturas e umidade são mais elevadas. Os bulbos possuem coloração amarelada e de formato redondo agradando produtores, compradores e o mercado consumidor. Também é indicada a cebola roxa Gamay que tem chamado a atenção na região, indicada para o semeio em épocas em que as temperaturas são mais elevadas. Tem resistência à doenças foliares e os bulbos possuem coloração roxa intensa tanto interna quanto externamente.

No Cerrado brasileiro, região que engloba os estados de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, a topografia, temperatura e clima fazem com que a área seja uma das melhores para se produzir cebolas no Brasil. As mais indicadas seriam as variedades híbridas Aquarius, Andrômeda, Soberana, Sirius, Perfecta e Lucinda.

A cebola híbrida Andrômeda possibilitou aos produtores destas regiões realizarem os semeios em janeiro, uma época onde geralmente as condições climáticas são desfavoráveis ao cultivo desta cultura no Cerrado. O material vem se destacando, pois tem apresentado elevadas produtividades associadas a qualidade, possibilitando ao agricultor realizar a colheita em uma época em que o mercado nacional apresenta menor oferta do produto.

Já a cebola híbrida Soberana tem chamado a atenção dos produtores pelas elevadas produtividades e o alto rendimento de bulbos de classificação caixa 3. Indicado para semeio a partir de março nestas regiões produtoras.

Os híbridos Sirius e Perfecta têm conquistado a confiança dos produtores mais exigentes, uma vez que apresentam elevado potencial produtivo associados à excelente qualidade de “pele” pois os bulbos possuem coloração de casca amarela escura quando madura, despertando a atenção dos compradores e consumidores cada vez mais exigentes em qualidade. Os materiais são indicados para semeio a partir de abril.

Ainda aparece a cebola híbrida Lucinda para a região, um material que tem como características além do elevado potencial produtivo, bulbos de formato arredondado, muito firmes, se destacando pela excelente formação e coloração de casca (pinhão), com grande capacidade de armazenamento, sendo uma opção aos produtores para armazenar quando os preços não são favoráveis à cultura. Os semeios se dão na segunda quinzena de abril e maio no Cerrado.
 

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