CBOT: Queda da soja com alta oferta
No Brasil, o plantio de soja mostra sinais de recuperação
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em baixa nesta segunda-feira, influenciado pelo avanço do plantio no Brasil e pela colheita acelerada nos Estados Unidos. O contrato de soja para novembro de 2024, referência para a safra brasileira, registrou queda de 1,39%, encerrando a US$ 974,00 por bushel.
Já o contrato de janeiro de 2025 recuou 1,15%, cotado a US$ 986,00 por bushel. O farelo de soja para dezembro teve baixa de 0,33%, enquanto o óleo de soja caiu 3,31%, finalizando a US$ 42,69 por libra-peso.
Essa pressão sobre os preços foi motivada pelo ritmo intenso da colheita nos EUA, que atinge até 12 pontos percentuais acima do registrado no ano passado, impulsionando boas expectativas de exportação. A possível mudança de cenário com as eleições presidenciais na próxima semana também leva o mercado a ajustes cautelosos, impactando as negociações.
No Brasil, o plantio de soja mostra sinais de recuperação, apesar do atraso em comparação com o ano passado. Esse avanço nas atividades de campo traz a perspectiva de mitigar possíveis perdas na safra de soja e assegurar uma área significativa para o milho safrinha. Se o relatório da Conab, previsto para esta terça-feira, confirmar o ritmo elevado do plantio, o cenário de novas altas para a soja pode se tornar mais difícil, em virtude da oferta robusta do grão, tanto pela colheita recente nos EUA quanto pelo potencial da safra brasileira.
Assim, o mercado segue atento a esses fatores, com o Brasil mostrando forte capacidade de reação no plantio e os Estados Unidos apresentando boa produtividade nas colheitas. A combinação desses elementos gera uma pressão de baixa sobre as cotações, dificultando valorizações futuras e mantendo o mercado em clima de cautela.