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Consumo da Geração Z impacta o agro

“Assim como ocorreu em outras passagens de bastão, mudanças virã"



Foto: Pixabay

Estamos testemunhando a formação de novos hábitos, a ressurreição de antigos e a transformação daqueles com baixa penetração. A entrada da geração Z no mercado agrícola, somada às inovações científicas e à rápida evolução nas redes sociais, está gerando mudanças profundas nos valores e no consumo. 

A Geração Z, que sucede a Geração Y, está moldando setores como marketing, entretenimento e política, indicando uma tendência de ruptura e transformação acelerada nas próximas décadas. Essas mudanças são reflexo da velocidade das inovações e das novas crenças, reforçando a necessidade de adaptação no mercado.

“Tenho dito que a pandemia não mudou a agenda das transformações, apenas antecipou metas e fatos. Para os Gen Zers, o consumo é modulado por exigências como saúde, ambiente, qualidade e transparência. Conscientes nas escolhas, com valores claros, e mais abertos às inovações que chegam ao campo, sem obnubilar valores já vigentes e com os quais aquiescem”, comenta Décio Luiz Gazzoni, Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja, membro do Conselho Científico Agro Sustentável e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica.

A Geração Z, em contraste com gerações anteriores, apresenta diversidade de perspectivas em relação à agricultura. Embora 54% prefiram não permanecer nas propriedades familiares, muitos expressam interesse em carreiras agrícolas, aproveitando as inovações tecnológicas e oportunidades na cadeia agrícola. O estudo destaca que, apesar de uma visão positiva das entidades governamentais, são menos leais a marcas, preferindo bioinsumos, como biopesticidas. A Geração Z é caracterizada como pragmática e focada, com um desejo de papéis variados no setor agrícola.

“Assim como ocorreu em outras passagens de bastão, mudanças virão. Nesta década, elas serão mais significativas pela plêiade de possibilidades, resultantes da interação entre velocidade de inovação e de comunicação. O que não muda é o fato de alimentos sempre serem um tema em pauta e a consolidação de uma variável diretriz muito clara: a preocupação com sustentabilidade, governança e transparência, particularmente com segurança dos alimentos e proteção ao ambiente. São estes sinais que as nossas cadeias agrícolas devem capturar e introjetá-las até os agricultores. Afinal, o consumidor sempre tem razão”, conclui.
 

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