Castanha-da-índia é exótica e saudável
Proprietária de sítio em Erechim, além do consumo próprio, abastece amigos e comercializa o excedente
Em Erechim, Gentila Bearzi, colhe muitos quilos de castanha durante a curta safra, que ocorre sempre em fevereiro, das castanheiras que plantou há cerca de 15 anos em seu sítio, localizado na localidade de Desvio Becker. Na safra atual ela já comercializou cerca de 100 quilos entre conhecidos e acredita que ainda tem por colher a mesma quantidade. “No ano passado cheguei a vender castanhas para uma rede de supermercados da cidade, mas a maioria dos compradores são os conhecidos e outras pessoas que conhecem as qualidades medicinais dessa fruta”, comenta.
As castanhas-da-índia desenvolvem-se dentro de “ouriços” revestidos de espinhos que contém uma ou mais castanhas cada e, quando maduros, ressecam e rompem-se para liberação natural das castanhas (sementes) e propagação da espécie. O período que pode ser considerado a safra da castanha, dura cerca de 20 dias, e acontece normalmente no mês de fevereiro. Apesar de ser uma castanha, é perecível, mas pode ser conservada congelada, após cozida, sem perder o sabor.
O nome da castanha-da-índia remete ao fato de, por muito tempo, acreditar-se que ela era proveniente da Índia. Porém, na verdade, a castanha-da-índia é natural dos Balcãs, região sudeste da Europa que engloba países como Albânia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia, República da Macedônia, Sérvia, Kosovo, parte da Turquia, e outros.
Mesmo sendo empregado como alimento, e processado de forma semelhante ao pinhão, a castanha-da-índia é mais valorizada por suas qualidades medicinais. Na medicina popular, seu principal efeito é auxiliar na circulação sanguínea das pessoas, auxiliando no combate a varizes, hemorróidas, s equimoses e edemas.
Além dessas utilidades, há ainda outras propriedades reconhecidas, mas menos divulgadas, como o combate às cólicas menstruais, às pernas pesadas e às doenças da pele. O ideal é que a castanha-da-índia não seja consumida como um medicamento, visando um fim específico, nem uma cura rápida ou milagrosa. Seu uso deve ser como um hábito, apenas mais um componente de uma dieta alimentar saudável e alinhada com o ritmo de vida.