Camuflagem confunde pulgões e protege cultivo

Um novo tipo de teste está tentando proteger cultivos em todo mundo, nesse caso da beterraba, usando uma espécie de camuflagem. De acordo com os pesquisadores, novas abordagens são necessárias, pois o uso desses pesticidas está sendo cada vez mais restrito em todo o mundo por razões ambientais.

O cultivo de camuflagem envolve a pulverização de tecidos não tóxicos ou corantes alimentares no campo – cobrindo o solo e as plantas jovens – para reduzir a diferença de cor entre a terra nua e as folhas de beterraba. Os pulgões dependem parcialmente desse contraste de cores para se concentrar nas plantações. E esses insetos podem ser uma praga devastadora para os produtores de beterraba, não porque comem as folhas, mas porque transmitem um grupo de patógenos de plantas chamados vírus amarelos.

É improvável que o teste de cultivo de camuflagem deste primeiro ano dê resultados claros por causa dos padrões climáticos incomuns do verão, incluindo calor e seca excepcionais. Mas continuará no próximo ano, diz David Jones, gerente de fazenda da Morley Agricultural Foundation, que está hospedando o teste para a British Beet Research Organization (BBRO).

O cultivo de camuflagem faz parte de um sistema de gerenciamento integrado de pragas (IPM) para proteger a beterraba de pulgões, que a BBRO está desenvolvendo com o apoio do Defra, o departamento de alimentos e agricultura do governo do Reino Unido. O projeto geral é chamado ABCD of Aphid IPM, diz seu líder Alistair Wright.

″Há alguma evidência de que isso pode funcionar, mas nada realmente sólido″, diz Wright. ″Precisamos testar uma série de possíveis impedimentos em escala grande o suficiente para avaliar sua interação com os pulgões e a cultura.″