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Câmbio impulsiona exportação de cavalos de raça na Argentina


“Galopantes” é o adjetivo certo para definir as vendas de cavalos de corrida e de pólo da Argentina para o exterior. O crescimento significativo das exportações desses animais está sendo estimulado principalmente pela desvalorização da moeda nacional, o peso, que no último ano e meio passou da cotação de US$ 1 por 1 peso a US$ 1 por 2,85 pesos.

Graças a esta defasagem, a exportação de eqüinos de alta qualidade criados nos Pampas registrou uma alta de 34%, segundo a Secretaria de Agricultura e Gado. Do total de cavalos vendidos, 60% são puros-sangues e 40% são destinados ao pólo.

No ano passado, foram vendidos para o exterior 1.100 cavalos para o jogo de pólo; em 2001, foram exportados 931 cavalos. As vendas de cavalos puro-sangue de corrida foram mais significativas: em 2001, 200 cavalos foram vendidos ao exterior; em 2002, foram 426, somando US$ 1,84 milhão.

Os países que mais compraram cavalos de pólo no ano passado foram os Estados Unidos, com 385 animais, ao preço total de US$ 627 mil; Luxemburgo, com 160 unidades por US$ 275 mil; Grã-Bretanha, com 126 cavalos, no valor de US$ 251 mil. No total, essas vendas renderam US$ 2,89 milhões.

O maior comprador de puros-sangues argentinos também são os EUA, com 136 unidades no ano passado, por um total de US$ 2,07 milhões. A Arábia Saudita costuma comprar menos cavalos, mas escolhe sempre os melhores. Desta forma, em 2002 foram enviados 5 cavalos para este país do Oriente Médio, por um total de US$ 248 mil.

Os criadores afirmam que os preços em dólares caíram, mas admitem que a margem de lucro é grande, graças aos custos internos, contabilizados em pesos.

Hipódromos – Enquanto os haras comemoram suas vendas ao exterior, nos hipódromos argentinos a preocupação é crescente com o êxodo dos “burreros” (apostadores contumazes das corridas). Segundo dados da Secretaria de Agricultura, os principais hipódromos do país – de Palermo, San Isidro e La Plata – arrecadaram em 2002 um total de US$ 181 milhões em apostas, o que representou uma queda de 17% em relação a 2001.

Em comparação com 1998, quando a atual recessão começou, a queda foi de 51%: naquele ano, os hipódromos arrecadaram US$ 373 milhões. As apostas consistem em 65% da renda desses estabelecimentos na Argentina.

A crise foi o principal motivo da queda da arrecadação dos hipódromos. Outro fator que teve forte influência foi a proliferação de bingos e cassinos nas maiores cidades do país. Desde o início da recessão, este setor teve um crescimento de 118%.

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