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Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco realiza reunião

A próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco está marcada para o dia 26 de outubro



Foto: Eliza Maliszewski

A 64ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Tabaco ocorreu na manhã de hoje, 12 de agosto, por meio de videoconferência. Ao abrir a sessão, o presidente da Câmara, Romeu Schneider, deu as boas-vindas e colocou a importância do encontro para todo o setor produtivo do tabaco. O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa), Guilherme Soria Bastos Filho, participando pela primeira vez da reunião, agradeceu a oportunidade e disse que pretende participar das Câmaras Setoriais, importantes para o Mapa. “Tenho dois grandes desafios: modernizar o crédito rural e permitir a ampliação do financiamento privado; e a questão de dados, onde precisamos cada vez mais informações para conduzir melhorias nas políticas públicas”.

MERCADO ILEGAL – O presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), Edson Luiz Vismona, que também dirige os trabalhos do Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), falou sobre o mercado ilegal no Brasil. Ele apresentou números do contrabando em diversos setores e, no cigarro, destacou que o Brasil deixou de arrecadar, em 2020, 10 bilhões e 400 milhões de reais. “Esse número teve uma queda, devido à pandemia, com o fechamento de fronteiras e lockdown de empresas. Também houve uma queda na representatividade no consumo do cigarro ilegal, que já chegou em 57%, em 2020 ficou em 49%. O imposto chega a 18% no Paraguai e de 70% a 90% no Brasil. O contrabando de cigarro tem alto lucro”, disse Edson, enfatizando a necessidade de uma ação conjunta para combater o contrabando.

VERDE É VIDA – Os 30 anos do Verde é Vida, programa de educação socioambiental rural, foram apresentados pelo coordenador pedagógico do Verde é Vida, professor José Leon Macedo Fernandes. O Verde é Vida foi criado a partir de trabalhos iniciados pela Afubra desde a fundação da entidade, em 1955, quando já se orientava aos fumicultores sobre a diversificação de culturas. Em 1981 este trabalho de incentivo à diversificação e à preservação ambiental teve um reforço, com a assinatura do primeiro convênio com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) para o reflorestamento das propriedades rurais. Em 1986, a Afubra iniciou campanhas de educação ambiental com a distribuição de mudas nativas. Com o incremento destas ações de conscientização e preservação ambiental, nasceu o Projeto Verde é Vida, em 8 de agosto de 1991. O Projeto veio para dar continuidade a distribuição de mudas de árvores nativas e reforçar as palestras sobre aspectos ambientais para alunos e professores e comunidades em geral. No mesmo ano, o mascote Afubrinha chegou para auxiliar neste trabalho. “Atualmente, atuamos com 543 escolas de 102 municípios parceiros do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, envolvendo 42.500 pessoas, entre alunos e professores”, revelou José Leon.

EXPORTAÇÕES – O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, mostrou que, até fim de julho, o Brasil exportou 273.527 toneladas de tabaco, 14% a mais que no mesmo período em 2020. “O principal entrave, a partir de julho, são problemas logísticos, com aumento de fretes, problemas com falta de containers e navios. E isso não é só no tabaco”, explicou Schünke. Sobre a proibição da importação de tabaco pela Rússia, ele informou que, assim que a notícia saiu, o Mapa entrou em contato com o setor responsável na Rússia e, junto com as empresas fumageiras, o problema foi resolvido.

CULTURAS PÓS-TABACO – O presidente do SindiTabaco também apresentou os resultados do Programa Milho, Feijão e Pastagens após a colheita do tabaco. O levantamento mostrou que o total do rendimento extra em 2021 é estimado em R$ 933 milhões, ou seja, 47% superior ao resultado de 2020, quando os produtores alcançaram R$ 634,2 milhões com o cultivo de grãos e pastagem. A área plantada com milho, feijão e soja após a safra de tabaco de 2020/2021 aumentou 22% na região Sul do Brasil, comparativamente com o período anterior, atingindo 144.222 hectares e produção de 580.442 toneladas. Já a área com pastagens foi reduzida em 27%, somando 25.572 hectares. Em relação aos rendimentos financeiros, os números do estado de Santa Catarina apresentaram o maior aumento na rentabilidade da safrinha, subindo de R$ 205,2 milhões em 2020, para R$ 374 milhões em 2021. No Rio Grande do Sul, a renda extra chegou a R$ 368 milhões para os produtores gaúchos em 2021 (R$ 297,4 milhões em 2020). E no Paraná, o crescimento foi de R$ 131,5 milhões para R$ 191 milhões.

COP 9 – A próxima Conferência das Partes (COP 9) da Convenção Quadro para Controle do Tabaco (CQCT), está prevista para ocorrer em 2021. O assessor da secretaria da Agricultura Familiar (SAF), Nelson Andrade Júnior, disse que haverá uma reunião da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro (Conicq) sobre a COP no dia 2 de setembro. Ficou definido que serão organizadas agendas com os Ministérios das Relações Exteriores, da Agricultura e do Trabalho.

A próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco está marcada para o dia 26 de outubro.

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