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Café paranaense quer mercado externo


A colheita da safra 2002/2003 de café está quase concluída no Paraná. A expectativa é de uma produção de 2,1 milhões de sacas beneficiadas e uma área superior a 126 mil hectares no estado. Pela boa qualidade do café paranaense a tendência é a exportação, onde é possível conseguir preços melhores que no mercado interno. Esse e outros assuntos foram temas do Painel Estadual do Café realizado ontem em Cornélio Procópio.

O evento também discutiu a manutenção e ampliação das oportunidades de renda e de emprego para a agricultura familiar nos municípios produtores de café. Hoje existem 17 mil propriedades, sendo 85% da agricultura familiar e tendo o café um importante componente na diversificação agrícola.

O Paraná produz um café de qualidade e não sabe vender. O Painel forneceu informação de como encontrar um canal de comercialização. “Desta forma ele consegue ganhar de 10% a 15% a mais”, justificou Cilésio Abel Demoner, engenheiro Agrônomo da Emater de Londrina.

QUALIDADE

Segundo Demoner o importante na cadeia do café é o consumidor. O Paraná não deve ser o maior produtor, mas um dos melhores. Pela qualidade o café paranaense poderia ser vendido para o exterior, onde seria negociado a melhores preços.

Entretanto a produção de café de um único agricultor familiar é insuficiente para uma boa negociação no exterior. “É preciso integrar os pequenos produtores para formar lotes que justifiquem a exportação e podem lutar por um preço mais justo”, explicou.

O café paranaense é cultivado em situações de alto potencial para produzir uma bebida de qualidade. O clima, altitude e solo são favoráveis e o maior risco são geadas e chuva na época da colheita.

Além disso o fato de possuir um grande número de agricultores familiares produzindo café dá a possibilidade de realizar colheitas parceladas ou no pano, dando um maior valor à bebida.

O Painel também mostrou alternativas de equipamentos para secagem e processa-mento, como terreiro com estufa, lavador/separador, descascador de cereja e secadores. “Não são implementos muito caros e podem ser comprados em conjunto pelos agricultores, mas é preciso que os produtores se integrem”.

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