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Brasileiras identificam raças inéditas de milho

O estudo ressaltou a singular diversidade do milho em diversas regiões



Foto: Pixabay

Um estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP analisou a história evolutiva e a diversidade genética do milho, identificando microcentros e regiões de diversidade genética em diversos biomas das terras baixas da América do Sul. O estudo destaca que a espécie está em processo de diversificação, sendo gerida por agricultores familiares, tradicionais, quilombolas, ribeirinhos e indígenas. Conduzida por Flaviane Malaquias Costa sob orientação da professora Elizabeth Veasey, a pesquisa envolveu a participação de 261 agricultores familiares e tradicionais, com entrevistas de 129 deles por meio de uma rede de 29 instituições no Brasil e Uruguai.

O estudo ressaltou a singular diversidade do milho em diversas regiões, evidenciada pelos nomes locais exclusivos das variedades, considerados indicadores importantes dessa heterogeneidade. As preferências e usos das variedades locais estão fortemente vinculados às características valorizadas pelos agricultores, especialmente em termos de alimentação, influenciando suas escolhas. Foram identificados 34 valores de usos culinários associados às variedades locais, abrangendo usos diretos na alimentação, potencial culinário e atributos apreciados pelos agricultores. Além disso, o estudo catalogou 29 raças de milho e três complexos raciais, incluindo 16 raças anteriormente não documentadas na literatura.

“Os dados gerados por este estudo atribuem respaldo científico às raças e variedades locais de milho e aos sistemas agrícolas tradicionais da região, bem como poderão subsidiar políticas públicas envolvendo estas áreas”, finaliza Flaviane Costa.

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