O dia de hoje será extremamente importante para o Brasil, na 5ª Conferência Interministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que acontece em Cancún, México. Líder do Grupo dos 20 (paises em desenvolvimento), o Brasil defende a firme posição contra subsídios agrícolas a exportações dos produtos agrícolas e a favor da abertura de mercados internacionais, em oposição aos Estados Unidos e à União Européia.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abasteciemnto, Roberto Rodrigues, reitera que "na hipótese de não haver acordos sobre a agricultura, não haverá nenhuma possibilidade de outros. Isso pode até resultar na prorrogação da data prevista para as discussões comerciais previstas para janeiro de 2005".
Hoje, o Brasil vai liderar três reuniões decisivas: a primeira com países africanos, sendo que Nigéria e Zâmbia querem fazer parte do G 20; a segunda com a União Européia e, no início da noite, com os Estados Unidos.
Quando chegou ao México, no início desta semana, o ministro teve um encontro com a secretária da Agricultura dos EUA, Ann Venennam. "Ela foi aberta e franca, ou conversamos ou recuamos. Mas ninguém cedeu um milímetro", disse Rodrigues, acrescentando que não acredita num acordo imediato sobre o fim dos subsídios e abertura dos mercados internacionais para a agricultura, mas afirmou que esse assunto deve ser resolvido definitivamente. "O Brasil quer essas medidas adotadas para ontem, porém admite que como o assunto está em fase de negociação, pode ser resolvido ao longo de algum tempo. Porém, há a necessidade de definição de um prazo", afirmou.
O Grupo dos 20 conta com a apoio de várias ONGs internacionais, da Organização das Nações Unidas e da Nova Zelândia, que faz parte do Grupo de Cairns.