Brasil precisaria investir R$ 200 bi a mais por ano em infraestrutura
É fundamental que tanto o setor público quanto a iniciativa privada realizem aportes mais substanciais na infraestrutura no país
Um estudo recente da consultoria financeira InterB, divulgado no final de janeiro, revela que o investimento em infraestrutura no Brasil atingiu 1,79% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, totalizando um montante de R$ 200 bilhões. Para o ano corrente, a projeção é que esse percentual alcance 1,87%. No entanto, conforme apontado pela pesquisa, para que a infraestrutura brasileira se modernize e acompanhe as demandas do país, seria necessário um aporte anual na ordem de R$ 400 bilhões, equivalente a aproximadamente 4% do PIB.
Para Fernanda Braga, gerente administrativa da APAT - Associação de Profissionais de Agrimensura e Topografia, é crucial que os investimentos nessa área cresçam de forma contínua, visando promover o desenvolvimento nacional. Segundo ela, "entre 2023 e o presente ano, já é perceptível um aumento, especialmente com o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No entanto, é fundamental que tanto o setor público quanto a iniciativa privada realizem aportes mais substanciais para resolver os gargalos de infraestrutura existentes no país".
Fernanda ressalta também que, além dos investimentos em obras estruturais e mobilidade urbana, é essencial focar na implementação de novas tecnologias e na formação e capacitação de profissionais como engenheiros, topógrafos e outros especialistas em geotecnologia, fundamentais para a execução de projetos de grande porte. Nós somos um país com um relevo bastante acidentado e que necessita de equipamentos cada vez mais modernos para tornar o trabalho mais ágil e preciso, por isso é essencial que programas como o PAC contemplem os recursos necessários para a atuação desses profissionais”, comenta.
Atenta às demandas do mercado, a APAT oferece aos seus associados serviços de proteção de equipamentos. Segundo levantamento da entidade, os estados que mais contrataram esses benefícios em 2023 foram Minas Gerais (253), São Paulo (203) e Bahia (139). Por outro lado, Amapá (4), Piauí (3) e Acre (2) figuraram nas últimas colocações. A região Sudeste desponta com 46,6% das tecnologias protegidas, enquanto a região Norte figura em último lugar, com 4,8% das contratações.
Para Fernanda, “os números que levantamos nas nossas operações demonstram que há, de fato, maior demanda nas regiões em que há mais investimentos em obras e grandes projetos de engenharia, o que reforça a necessidade de se fazer aportes nessas tecnologias para apoiar o trabalho dos profissionais do ramo”. Atualmente, a Associação, que encerrou 2023 com quase 500 novos membros, 59% a mais que em 2022, conta com serviços de proteção para 1.240 equipamentos.
Com informações da assessoria.*