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Brasil possui 2.280 aeronaves agrícolas

Levantamento aponta crescimento de 3,99% na frota, que recebeu 86 aeronaves em 2019



Foto: Marcel Oliveira

A aviação agrícola brasileira entrou 2020 com 2.280 aeronaves (2.265 aviões e 15 helicópteros), segundo números divulgado nessa quarta-feira (dia 12), pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). O resultado significa o incremento de 86 aparelhos em 2019, uma alta de 3,99 % durante o ano. O que indica também a manutenção do ritmo de crescimento 2018, quando a frota (com 2.194 aeronaves) havia tido um incremento de 3,74% em relação ao ano anterior (mais do que o dobro dos 1,54% de 2017).

O balanço foi apresentado pelo diretor-executivo do sindicato aeroagrícola durante o 59º Sindag na Estrada (encontro com empresários, pilotos e dirigentes do setor), que ocorreu no estande da entidade dentro da 30º Abertura Oficial da Colheita do Arroz. Os dados foram apurados pelo engenheiro agrônomo e consultor do Sindag Eduardo Cordeiro de Araújo, junto ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O levantamento considerou a frota total até 31 de dezembro.

O estudo Frota Brasileira de Aeronaves Agrícolas – 2019 abrange também o número de empresas aeroagrícolas (categoria SAE-AG), que são as prestadoras de serviços aos produtores), que passou de 253 em 2018 para 267 este ano – aumento de 5,13% (superior aos 3,7% de crescimento em 2018). O relatório final do levantamento – com os comentários técnicos de Araújo e o fechamento de alguns dados secundários – será publicado a partir do próximo dia 21, no site do Sindag.

DIVISÃO POR CATEGORIAS

Entre os dados que precisam ser confirmados, está a quantidade de operadores privados (categoria TPP, que são os agricultores, fazendas empresariais ou cooperativas que têm suas próprias aeronaves). No entanto, segundo Araújo, o total gira em torno dos 650 – eram 585 no ano anterior.

Por outro lado, a proporção na distribuição de frota entre operadores SAE e TPP já está confirmada:

– São 1.427 aeronaves (62,59%) estão com 267 empresas aeroagrícolas – operadores de Serviço Aéreo Especializado Agrícola (SAE/AG), que prestam serviços para produtores.
– 825 aeronaves (36,18%) são de cerca de 650 (número preliminar) operadores privados – Serviço Aéreo Privado (TPP), que são produtores, fazendas empresariais ou cooperativas com suas próprias aeronaves.
– As 28 aeronaves restantes na conta são de governos ou autarquias federais ou estaduais, além de protótipo e aeronaves de instrução. Por exemplo, aviões pertencentes a corpos de bombeiros (combate a incêndios), os usados pela Academia da Força Aérea e aparelhos das seis escolas de formação pilotos agrícolas do país.

ESTADOS

Entre os 23 Estados (mais o Distrito Federal) com aviação agrícola, os que tiveram maior crescimento de frota foram o Mato Grosso, que recebeu 26 aviões em 2019, São Paulo, com mais 15 aeronaves; Pará, com mais 12, e o Rio Grande do Sul, com mais nove.

No ranking estadual, o Mato Grosso segue na ponta, com 520 aviões. Em segundo está o Rio Grande do Sul, que conta com 436 aviões. São Paulo aparece em terceiro em frota de aviões e helicópteros, com 332 aeronaves.

FABRICANTES

Entre as fabricantes de aviões agrícolas, a brasileira Embraer segue na liderança, com 56,75% da frota no mercado brasileiro, com suas variantes do avião Ipanema. Trata-se do projeto dos anos 70, de um avião com motor a pistão, que em 2015 lançou sua sétima geração (Ipanema 203) e desde 2004 sai de fábrica movido a etanol (Ipanema 202 A).

Porém, entre os diversos modelos que compõem a aviação agrícola nacional, cabe também ressaltar a entrada cada vez maior dos aviões turboélices, principalmente de fabricação norte-americana. Mais potentes e com maior capacidade de carga, os turboélices já são 18,48% da frota brasileira.

A título de comparativo, enquanto a frota aeroagrícola total cresceu 52,2% entre 2009 e 2019, a frota de turboélices aumentou mais de 47% nos últimos quatro anos. Nesse segmento, liderada pela texana Air Tractor, maior fabricante mundial de aviões agrícolas e que ocupa 16,53% do mercado brasileiro – segunda no ranking das 14 indústrias presentes entre os operadores do País.

MUNDO

O Brasil segue com a segunda maior força aérea agrícola do planeta, atrás apenas dos norte-americanos, que possuem cerca de 3,6 mil aeronaves (85% aviões e 15% helicópteros), segundo a Associação nacional de Aviação Agrícola dos Estados Unidos (NAAA), a sigla em inglês. O País está à frente ainda de potências como o México (2 mil aeronaves), Argentina (1,2 mil aeronaves), Nova Zelândia e Austrália (300 aeronaves cada), entre outras.

 

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