O Brasil se transformou no maior exportador mundial de carnes, à frente da Austrália, que até então detinha o posto. Nos últimos doze meses, o País exportou 1,5 milhão de toneladas de carnes.
"Esperamos que as exportações continuem a crescer na segunda metade do ano, apesar dos menores preços médios pagos no mercado internacional, e do aumento dos custos de produção, que não páram de crescer", afirma Antenor Nogueira, membro da Confederação Nacional da Agricultura.
De acordo levantamento realizado pela CNA, os preços médios praticados entre os meses de janeiro e junho caíram 6,7%, enquanto o custo de produção aumentou 7% no mesmo período deste ano.No primeiro semestre de 2003, o volume de vendas físicas foi 49% maior, na comparação com igual período do ano passado. As vendas cresceram em volume porém as receitas não aumentaram no mesmo ritmo: elas foram 34% maiores, informou a entidade.
Apesar das perspectivas otimistas para o mercado internacional, os exportadores de carnes temem o efeito da imposição de cotas de importação pela Rússia, um dos maiores compradores mundiais. Além disso, o aumento das tarifas de importação na Europa, outro grande comprador, e uma possível retração das compras da Argentina podem inibir o crescimento, acredita o executivo da CNA.