Brasil lidera exportação de algodão com biotecnologia
Inovações na cotonicultura brasileira ajudam a fidelizar clientes
A cotonicultura brasileira tem avançado com biotecnologias, alcançando uma colheita de mais de 3,7 milhões de toneladas na safra 2023/2024, segundo a Abrapa. O Brasil se tornou o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos pela primeira vez. Esse sucesso é atribuído ao melhoramento genético, que oferece resistência a pragas e doenças e maior adaptabilidade às condições climáticas adversas.
“O Melhoramento genético tem permitido que o Brasil não apenas amplie sua produtividade, mas também melhore a qualidade da fibra, um fator essencial para consolidar nossa posição no mercado internacional”, afirma Eduardo Kawakami, head de P&D na TMG -Tropical Melhoramento & Genética, empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que trabalha para entregar inovação ao campo.
Inovações na cotonicultura brasileira ajudam a fidelizar clientes e conquistar novos mercados, como o Egito, que começou a importar algodão brasileiro em 2023, com demanda prevista para dobrar em 2024/25. A qualidade da fibra e o melhoramento genético são essenciais para esse sucesso. No entanto, o setor enfrenta desafios, especialmente com a praga bicudo-do-algodoeiro, que causou a pior infestação em 12 anos na temporada 2023/24. O controle da praga e o melhoramento genético são processos complexos, podendo levar de 10 a 15 anos ou mais.
"Estamos falando de um atributo que não temos em nosso banco genético e, de forma geral, o mercado ainda não tem também. Precisamos, então, buscar biotecnologias para incorporar essas características no algodão. Isso envolve desafios significativos, que vão desde encontrar a solução ideal até garantir que ela seja efetiva no combate ao bicudo e segura para o meio ambiente," destaca.