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Brasil é o terceiro maior consumidor mundial de carne bovina

Do campo ao mercado internacional: a força da pecuária no crescimento econômico



Foto: Divulgação

Neste Dia Nacional da Pecuária, celebrado nesta segunda-feira (14), o Brasil reafirma sua relevância na economia global por meio de um dos setores mais dinâmicos do agronegócio. Com um forte desempenho nas exportações e um mercado interno robusto, a pecuária brasileira combina tradição e tecnologia, posicionando o país como líder mundial na produção e comercialização de carne bovina.

Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o Brasil exporta carne bovina para mais de 150 países e registra um crescimento expressivo nas vendas internacionais. Apenas em setembro, o faturamento com as exportações de carne bovina alcançou US$ 1,25 bilhão, um aumento de 29,2% em comparação ao mesmo mês do ano passado.

Dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) revelam que, em setembro, o volume de carne bovina in natura embarcado totalizou 319.026 toneladas (+30%). Esse desempenho fez com que o faturamento mensal fosse o terceiro maior da história, consolidando o Brasil como o maior exportador global do produto.

O esforço para diversificar mercados tem se mostrado estratégico. Embora a China continue sendo o maior comprador, com 932.335 toneladas adquiridas em 2024, outros mercados como Estados Unidos, México, Argélia e Emirados Árabes aumentaram significativamente suas aquisições. Os Estados Unidos, por exemplo, dobraram suas compras em relação ao ano anterior, somando 393.673 toneladas. Esse movimento diversificado reflete não apenas o foco em ampliar a participação global, mas também em reduzir a dependência de um único mercado. De janeiro a setembro, 98 países aumentaram suas compras, enquanto 70 reduziram, mostrando uma reconfiguração estratégica nas relações comerciais.

Em 2024, a produção de carne bovina brasileira deve alcançar 10,2 milhões de toneladas, segundo estimativas da Conab. Além disso, o Brasil registrou um aumento de 2% no abate de animais, totalizando 46,4 milhões de cabeças, demonstrando a capacidade de elevar a produtividade mesmo diante de desafios de mercado, como a queda de 20% no preço do gado em relação a 2022.

A adoção de tecnologias em confinamento tem impulsionado a eficiência produtiva e a sustentabilidade. Os pecuaristas brasileiros também se destacam pela aplicação de boas práticas sanitárias e pela busca da regularização junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), essencial para atender as exigências internacionais. Além disso, a obtenção de Certificados Zoossanitários Internacionais (CZI) tem facilitado o acesso a mercados que demandam altos padrões de saúde e bem-estar animal. Atualmente, mais de 3.200 estabelecimentos estão aptos a exportar produtos de origem animal.

O impacto da pecuária vai além do mercado externo. O setor gera empregos, fomenta o desenvolvimento regional e integra inovações tecnológicas que fortalecem a sustentabilidade na produção. Como destacou o secretário Luis Rua, da SCRI, "o fortalecimento da cadeia pecuária gera benefícios econômicos e sociais para o país, com frigoríficos robustos e pecuaristas valorizados".

O Brasil também é o terceiro maior consumidor mundial de carne bovina, refletindo a importância do produto para a cultura e alimentação interna. Historicamente, cerca de 20% da produção é destinada à exportação, mas, em 2024, essa parcela deve superar 35%, consolidando o país como líder global.

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