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Brasil atinge US$ 166 bilhões em exportações

Demanda internacional, especialmente da China, desempenhou um papel importante nesses resultados


Apesar da queda média de quase 10% nos preços dos produtos exportados, o crescimento no volume exportado foi suficiente para impulsionar o faturamento Apesar da queda média de quase 10% nos preços dos produtos exportados, o crescimento no volume exportado foi suficiente para impulsionar o faturamento - Foto: Pixabay

O Brasil alcançou um novo marco em suas exportações no ano de 2023, com um faturamento de US$ 166 bilhões, conforme dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, baseados em informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior – sistema Siscomex. Esta marca representa um aumento de 4,3% em comparação com o ano anterior, consolidando o quarto ano consecutivo de recordes (2020, 2021, 2022 e 2023).

Apesar da queda média de quase 10% nos preços dos produtos exportados, o crescimento no volume exportado foi suficiente para impulsionar o faturamento. Destacam-se os grãos, com o milho liderando o crescimento do volume exportado em 29% de 2022 para 2023. O complexo da soja permaneceu como o principal gerador de receita, totalizando cerca de US$ 67 bilhões em embarques, o que representa 40% do total. Além disso, produtos do setor sucroalcooleiro, milho e as carnes de frango e suína também registraram aumentos nas exportações.

Os pesquisadores do Cepea ressaltam que a demanda internacional, especialmente da China, desempenhou um papel importante nesses resultados, impulsionando a produção recorde no Brasil. No entanto, o aumento da produção em outros países e a estabilidade do dólar em torno de R$ 5/US$ contribuíram para a queda dos preços ao longo do ano.

Os principais destinos das exportações brasileiras continuaram sendo China, Estados Unidos e União Europeia, com outros mercados importantes como os da Liga Árabe e asiáticos também contribuindo significativamente.

Para 2024, os pesquisadores do Cepea preveem uma demanda contínua por alimentos, fibra e energia, embora com expectativas de crescimento econômico menor em algumas das principais economias, como a China. Quanto à oferta, espera-se uma colheita estável no Hemisfério Sul, enquanto a Argentina deve recuperar perdas anteriores, impactando os mercados externos.

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