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BNDES tenta atrair outras indústrias para a Chapecó



O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) conversa com a Sadia e com a Perdigão sobre a possibilidade de apoiar a compra do frigorífico Chapecó por uma das duas empresas.

Em pendência que se arrasta há cerca de oito anos com os proprietários da Chapecó, o BNDES prefere "perder quase tudo a perder tudo" do que tem direito de receber, segundo declarou o vice-presidente do banco estatal de fomento, Darc Costa. Isso explica por que o BNDES aceitará um deságio superior a 90% da dívida da empresa, desde que os demais credores de Chapecó também concordem e façam o mesmo.

"Se um dos bancos envolvidos", entre os quais o Banco do Brasil (BB), além da Cia. Bozzano - "não aceitar o deságio a operação não avança", disse ele, acrescentando: "Não sei se vai haver deságio. O que existe é uma proposta para equacionar o problema". O BNDES é o maior credor da Chapecó, com cerca de R$ 550 milhões a receber do frigorífico.

Costa esclareceu que a proposta de deságio partiu dos próprios credores, entre eles bancos estatais e o próprio BNDES. "Nosso interesse em resolver isso está na questão social. São milhares de famílias que dependem dessa resolução", disse o executivo do BNDES.

Estima-se um passivo de mais R$ 400 milhões de outros bancos credores. O mercado comenta a possibilidade de um deságio acima de 90% das dívidas. Para os fornecedores, o deságio proposto é de 80% para dívidas acima de R$ 100 mil.

O deságio é uma alternativa para que a Coinbra, do grupo francês Louis Dreyfus, assuma o controle da empresa por R$ 175 milhões livre dos passivos. As partes vêm negociando há meses uma solução para a pendência. O frigorífico catarinense pertence hoje ao grupo argentino Macri e tem na produção de embutidos de frango e suíno sua principal atividade e congrega diversos integrados no Sul do País.

kicker: Banco conversa com Sadia, Perdigão sobre a possibilidade de fechar o negócio com a empresa

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