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Promessas de aumento da produção de alimentos são sempre bem vindas. Um estudo de campo em grande escala demonstrou como o tratamento do solo agrícola com fungos micorrízicos, publicado na Nature Microbiology, soa muito promissor para melhorar o rendimento das lavouras de milho significativamente, sem a utilização de quaisquer fertilizantes ou pesticidas adicionais.
Os cientistas descobriram que a inoculação com o fungo micorriza funciona melhor quando já há muitos patógenos fúngicos no solo. Acredita-se que os fungos forneçam uma primeira linha de defesa da planta para o solo, afastando patógenos que atacam as plantas e podem reduzir significativamente o rendimento. Como resultado, os rendimentos poderiam ser mantidos em campos com patógenos que teriam sofrido perdas sem os fungos. Como organismos benéficos, eles também ajudam as plantas a absorver os nutrientes do solo.
Com base nos resultados gerais, a equipe utilizou então indicadores do microbioma do solo para determinar com sucesso a variação no crescimento das plantas, com 86% de precisão, para qualquer parcela antes da semeadura.
Os cientistas conseguiram prever o sucesso da inoculação em nove de 10 campos e, portanto, também previram o rendimento dos campos mesmo antes da colheita, comentou um dos envolvidos na pesquisa. Assim, será possível direcionar o uso destes fungos nos campos onde irão atuar. Este é um elemento crucial para o desenvolvimento destas tecnologias de uso de biológicos na agricultura moderna.
Esta descoberta poderia reforçar a produção de alimentos, sem a necessidade do uso intensivo de pesticidas e fertilizantes. Um relatório das Nações Unidas de 2022 descobriu que 40% do solo mundial está moderada ou gravemente degradado e prevê que poderá aumentar para 90%.
A forma de espalhar eficazmente os fungos numa escala comercial ainda não foi resolvida, mas os resultados deste ensaio de campo representam um grande passo em direção a uma agricultura mais sustentável.
