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Bioetanol de milho reduz as emissões de GEE em 70%

Durante 6 anos, Bio4, ACABio e Promaíz processaram mais de 3 milhões de toneladas



Foto: Pixabay

Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), da Argentina, sobre a pegada de carbono da produção de bioetanol de milho na Argentina constatou que o biocombustível reduz em média 67% as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em comparação com a gasolina. O trabalho liderado por Jorge Hilbert analisou as 3 grandes destilarias que operam na província de Córdoba, que abastecem 80% do mercado deste biocombustível. 

Durante 6 anos, Bio4, ACABio e Promaíz processaram mais de 3 milhões de toneladas para produzir 1,2 milhão de toneladas de bioetanol, 300.000 toneladas de subproduto seco, 1,4 milhão de toneladas de subproduto úmido, meio milhão de dióxido de carbono - que é comercializado para diversas indústrias e 40.000 toneladas de petróleo. 

Segundo Hilbert, nos 6 anos que durou o estudo, as empresas foram incorporando tecnologia para um melhor aproveitamento de resíduos e subprodutos, como a captura de dióxido de carbono, ou a integração da vinhaça à produção de biogás, melhorando o desempenho ambiental das destilarias. O especialista destaca que 43% das emissões de bioetanol são produzidas na fase de cultivo do milho e que esse valor pode ser substancialmente melhorado. Já a indústria é responsável por 48% das emissões. 

Hilbert destaca que as emissões totais alcançam uma redução nas emissões de carbono em comparação com a nafta de 67% se o valor de referência para o combustível fóssil usado na Argentina for considerado e de 68% em média nos padrões da UE. Segundo o especialista, em alguns anos e em itens especiais, a redução de 70% é facilmente ultrapassada, o que permite abrir novos mercados, a partir da certificação desses processos. 

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